São Paulo, 25 abr (EFE).- O presidente do Santander Brasil, Marcial Portela, negou nesta quinta-feira que durante o período de três anos à frente da instituição tenha sido produzida alguma gestão para a venda da entidade no Brasil.
"Não existiu durante estes três anos nenhuma gestão de venda do banco Santander Brasil a outra instituição, nem brasileira e nem estrangeira, nem nada", declarou de forma categórica Portela em entrevista coletiva realizada na sede do grupo em São Paulo.
O executivo reconheceu que houve "conversas relativas a possíveis compras", mas esclareceu que nenhuma outra entidade realizou uma oferta de aquisição do banco.
Desta forma, Portela negou as acusações que periodicamente surgem no mercado sobre o Santander e lembrou a importância do negócio no Brasil, que fornece 26% do lucro líquido consolidado.
Sobre as possibilidades de gestão compartilhada com outra instituição financeira, disse que o Santander é "mais de comprar do que de se associar".
Além disso, Portela descartou a possibilidade de unir forças com um grande banco brasileiro devido ao elevado grau de concentração atual do setor, onde três ou quatro entidades representam 75% do mercado.
"Não haveria possibilidade legal", acrescentou Portela, que manifestou que o Santander é a única entidade estrangeira que teve a oportunidade de ter uma "presença significativa" em bancos comerciais no país latino-americano.
O diretor fez referência aos resultados do primeiro trimestre deste ano, período no qual o Santander Brasil registrou um lucro líquido de R$ 1,5 bilhões, 14,4% a menos do que no mesmo período de 2012, de acordo com as normas contáveis sobre balanços usadas no país.
Esse resultado implica em um retrocesso de 5,5% se a comparação for com os últimos três meses de 2012.
Portela afirmou que 2012 foi ano um "duro", no qual os esforços do banco foram dirigidos para reforçar o balanço e destacou que atravessa um "período de transição da indústria financeira" que culminará com uma normalização em 2014
Portela, que deixará seu cargo em julho, será substituído como presidente-executivo pelo atual diretor-geral da divisão para América do grupo, Jesús Zabalza.EFE.