Washington, 21 jan (EFE).- O Banco Mundial disse hoje que apoia
as iniciativas que perdoam o Haiti de toda a dívida que possui
(cerca de US$ 890 milhões), mas que ainda estuda se livrará o país
do pagamento dos últimos empréstimos que fez.
"O Banco Mundial apoia decididamente o perdão da dívida do
Haiti", diz a entidade em comunicado.
O Haiti tem pendente com o BM um empréstimo de apenas US$ 38
milhões, livre de juros. No ano passado, a entidade já havia
perdoado o país centro-americano da maioria de suas obrigações.
Segundo a nota, o banco ainda estuda como cancelar essa dívida,
mas que em todo caso já decidiu que o Haiti estará livre da
necessidade pagamento durante cinco anos.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) também já se manifestou
partidário do perdão da dívida do Haiti, incluindo um crédito de US$
100 milhões que pretende conceder para ajudar no combate à tragédia.
Em junho de 2009, o Banco Mundial, o FMI e outros doadores
perdoaram US$ 1,2 bilhões da dívida do Haiti, devastado em 12 de
janeiro passado por um terremoto de 7 graus na escala Richter.
O grande tremor teve epicentro a apenas 15 quilômetros da capital
Porto Príncipe e, em declarações à Agência Efe, o primeiro-ministro
do Haiti, Jean Max Bellerive, disse que o número de mortos superará
100 mil.
Desde 2005, o Banco Mundial doou US$ 363 milhões ao Haiti e lhe
dedicou outros US$ 100 milhões em resposta ao terremoto.
A entidade conta com 15 projetos no país, em áreas como gestão de
desastres, infraestrutura, desenvolvimento comunitário, educação e
administração.
O Exército brasileiro informou que 18 militares do país que
participavam da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti
(Minustah) morreram na tragédia da semana passada.
Entre os civis - além da médica Zilda Arns, fundadora e
coordenadora da Pastoral da Criança, e de Luiz Carlos da Costa, o
segundo civil mais importante na hierarquia da ONU no Haiti -, foi
informado hoje que outra mulher também morreu no tremor, aumentando
para 21 o número total de vítimas brasileiras. EFE