BERLIM (Reuters) - As famílias dos passageiros mortos na queda do avião da Germanwings entrarão com uma ação legal contra a Lufthansa nos Estados Unidos, após rejeitarem a compensação da empresa aérea como inadequada, disse o jornal Bild am Sonntag, citando o advogado das famílias.
A Germanwings, unidade da Lufthansa, ofereceu em junho 25 mil euros por vítima pela dor e sofrimento causados pela queda que matou todos os 150 ocupantes a bordo, em 24 de março.
A oferta de 25 mil euros se somaria aos 50 mil euros por passageiro já pagos como ajuda financeira imediata aos parentes.
A lei dos Estados Unidos prevê grandes pagamentos por danos emocionais, diferente da lei alemã. Uma quantia que chegasse a seis dígitos seria uma compensação adequada, disse no mês passado Elmar Giemulla, advogado representando algumas das vítimas.
"Estamos preparando uma ação nos Estados Unidos e vemos boas chances de jurisdição lá", disse o jornal Bild am Sonntag, citando Giemulla. As reivindicações de danos não foram colocadas ainda, mas os demandantes seguirão a lei norte-americana, disse Giemulla.
A planejada ação legal terá como objetivo descobrir o motivo de o copiloto Andreas Lubitz, que já havia sofrido de depressão, ter tido permissão de voar, disse Giemulla.
Giemulla não retornou os pedidos de comentário.
Evidências mostram que Lubitz prendeu o capitão para fora da cabine no vôo 4U9525 da Germanwings, de Barcelona a Duesseldorf, e dirigiu deliberadamente o avião a uma área montanhosa remota.
(Por Andreas Cremer (SA:CREM3) e Hans Seidenstuecker)