Tóquio, 11 jul (EFE).- O Banco do Japão (BOJ) manteve intactas suas agressivas medidas de flexibilização monetária e melhorou, pelo sétimo mês consecutivo, a avaliação da economia japonesa, que, segundo a entidade, "se recupera moderadamente".
Em comunicado, a junta de política monetária do BOJ concordou por unanimidade manter o programa de compra de títulos da dívida pública e ativos de risco, iniciado em abril, para duplicar a base monetária e por fim a deflação que afeta à terceira economia mundial há quase 15 anos.
Neste sentido, o BOJ detalhou que "continuará suas operações para aumentar a base monetária a um ritmo anual de 60 a 70 trilhões de ienes (entre 462 e 539 bilhões de euros)".
Em relação ao objetivo de alcançar uma inflação sustentada de 2% em um período estimado de dois anos, o BOJ detalhou que atualmente o IPC deixou de retroceder e se encontra equilibrado, um dado que, junto com outros indicadores, "sugere uma melhora nas expectativas de inflação".
Neste sentido, o BOJ considerou que "espera-se que a economia do Japão se recupere moderadamente com base na resistência da demanda doméstica e na melhora das economias estrangeiras".
Quanto aos riscos que a terceira economia do mundo enfrenta atualmente, a junta do BOJ reiterou que ainda existe um "alto grau de incerteza" em torno dos desafios que o país enfrenta, principalmente pela crise da dívida na Europa e o ritmo de crescimento dos Estados Unidos e das economias emergentes.
O emissor japonês avisou que "manterá sua flexibilização monetária quantitativa e qualitativa, com o objetivo de conseguir estabilizar os preços em 2%, durante o tempo que for necessário".
Sobre a situação no país, a junta do BOJ destacou que o investimento de capital "deixou de registrar queda e mostra sinais de recuperação, em linha com a melhora dos benefícios empresariais, impulsionados principalmente pela depreciação da divisa local".
Além disso, para o banco central japonês o investimento público "continuou se fortalecendo", a melhora do investimento imobiliário se tornou "evidente" e a produção industrial "aumentou de maneira moderada".
Já o consumo privado, um pilar que sustenta cerca de 60% do PIB do país, "permaneceu sólido", sustentado pela melhora do otimismo dos consumidores. EFE