La Paz, 11 ago (EFE).- O Governo da Bolívia anunciou hoje que
comprará armamento e aviões de China, Rússia ou qualquer outro país
para proteger suas fronteiras e lutar contra o narcotráfico.
A medida foi tomada após o veto dos Estados Unidos à sua
tentativa de adquirir aviões tchecos e helicópteros americanos.
O vice-presidente boliviano, Álvaro García Linera, disse em
coletiva imprensa que as compras serão feitas com dinheiro próprio e
o país não precisará "pedir esmolas".
Linera considera que os EUA não gostaram de ver a Bolívia
começando a "ganhar força" com fundos próprios e por isso vetaram a
compra dos equipamentos.
"Se não conseguimos acesso à tecnologia militar americana, vamos
conseguir tecnologia russa ou chinesa. Garanto que vamos ter aviões
modernos para proteger nossas fronteiras e lutar contra o
narcotráfico", disse.
Para o vice-presidente, a atitude dos americanos prova que, "no
fundo", eles não têm a intenção de lutar contra o narcotráfico, já
que as aeronaves teriam a missão de interceptar ou derrubar aviões
com droga.
"Os tempos atuais são bons, de dignidade. O Estado tem dinheiro
para garantir sua segurança fronteiriça. Teremos aviões de guerra, é
uma questão de tempo", disse. EFE.