Porlamar (Venezuela), 27 set (EFE).- Brasil, Argentina e
Venezuela elevaram para US$ 4 bilhões suas verbas fornecidas ao
Banco do Sul, cuja ata constitutiva foi assinada no último sábado
por sete governantes sul-americanos, informou hoje o presidente
venezuelano, Hugo Chávez.
Chávez anunciou durante um de seus discursos na segunda Cúpula
América do Sul-África (ASA), que termina hoje na ilha venezuelana de
Margarita, que Argentina, Brasil e Venezuela fornecerão "US$ 4
bilhões" cada um para o capital da nova entidade financeira.
Os outros países acionistas, Bolívia, Equador, Paraguai, e
Uruguai, darão suas contribuições "em proporções distintas",
acrescentou o presidente venezuelano, sem mais detalhes.
Segundo um documento oficial entregue ontem à noite à imprensa na
cúpula, Argentina, Brasil e Venezuela forneceriam cada um US$ 2
bilhões ao capital do Banco do Sul.
Ainda de acordo com o texto oficial, Equador e Uruguai
forneceriam US$ 400 milhões cada um, e Bolívia e Paraguai, US$ 100
milhões cada.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que o acordo para
a constituição definitiva do Banco do Sul foi alcançado após quase
três anos de negociações.
"O Banco do Sul levou três anos e não sabemos quanto tempo vai
levar para ratificá-lo nos Congressos" de cada um dos países
signatários, declarou Lula, ao falar das dificuldades que devem ser
superadas para concretizar a integração regional.
O Banco do Sul terá sua sede principal na capital da Venezuela,
Caracas, e contará com subsedes em Buenos Aires e La Paz. EFE