São Paulo, 14 fev (EFE).- O Brasil deixou de ocupar no ano
passado mais de 1,6 milhão de postos de trabalho por falta de
mão-de-obra qualificada, especialmente nas áreas de engenharia e
nutrição, informou hoje o Sistema Nacional de Emprego (Sine).
O baixo nível de escolaridade foi apontado como a principal causa
para que não fossem ocupados os postos do setor formal de trabalho,
embora 2009 tenha sido o pior ano em geração de empregos desde 2003
como consequência do agravamento da crise financeira em 2008.
Dos postos de trabalho oferecidos pelo Sine, apenas 39% foram
ocupados, frente aos 42% em 2008 e 48% em 2007.
Apesar dos milhares de postos de trabalho que ficaram vagos, o
nível de desemprego subiu 8,9% na média mensal em 2009, frente aos
7,9% do ano anterior.
O aumento da atividade econômica em 2008 permitiu abrir novos
postos de trabalho na indústria, mas esse fato acabará agravando a
situação da falta de mão-de-obra qualificada, apontou o Sine.
As outras áreas nas quais a oferta de empregos não é suprida são
a farmacêutica, construção e indústria naval.
O Ministério do Trabalho e Emprego investiu no ano passado R$ 600
milhões em programas de qualificação profissional. Para 2010, o
Ministério pretende investir R$ 800 milhões com o mesmo propósito.
EFE