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Brasil "não é comprador de armas", reafirma Jobim

Publicado 05.10.2009, 21:28
Atualizado 05.10.2009, 21:35

Buenos Aires, 5 out (EFE).- O ministro da Defesa, Nelson Jobim, insistiu hoje, em Buenos Aires, em que o Brasil não tem a intenção de empreender uma "corrida armamentista", mas fazer uma "capacitação nacional" para o desenvolvimento tecnológico, e afirmou que o país "não é comprador de armas".

Antes de discursar diante de empresários e políticos argentinos sobre o Plano Nacional de Defesa do Brasil, Jobim deu uma entrevista coletiva, na qual falou sobre os recentes acordos militares fechados com a França, através dos quais seu país comprará quatro submarinos convencionais e um de propulsão nuclear, além de 50 helicópteros.

Nesse sentido, destacou que a França foi o país escolhido por sua "incrível autonomia tecnológica" e seu compromisso absoluto de transferência de tecnologia.

O país deve comprar ainda 36 caças Rafale, da companhia francesa Dassault Aviation, que competem em uma licitação com os modelos Gripen NG, da empresa sueca Saab, e os F-18 Super Hornet, da americana Boeing.

O "Brasil não é comprador de armas", esclareceu Jobim. "Queremos fazer uma capacitação nacional para o desenvolvimento da tecnologia. Os senhores sabem que as pesquisas em matéria tecnológica têm sua origem em pesquisas militares. Nós temos centros de excelência na área militar e queremos fazer uma integração com as universidades", disse.

Jobim afirmou que os setores espacial, nuclear e cibernético são assuntos "estratégicos" para o Brasil.

Diante de uma pergunta se o país consideraria uma eventual aliança nuclear com o Irã, o ministro respondeu que "não existe tal possibilidade".

"Primeiro, porque a Constituição brasileira proíbe pesquisas sobre armas nucleares e, segundo, porque nós somos signatários do Tratado de Não-Proliferação Nuclear", explicou.

"Nós queremos desenvolver tecnologias nucleares para três coisas: para a propulsão, devido à importância que o Brasil atribui ao submarino de propulsão nuclear; para o reator, que pode proporcionar uma usina de produção de energia elétrica; e para aplicar essa tecnologia nos campos da medicina e da agricultura", afirmou.

Após insistir em que o Brasil "não renunciará à capacitação em tecnologia nuclear para usos pacíficos", Jobim reiterou que o Plano Nacional de Defesa "não tem nada a ver" com a reativação da IV Frota dos Estados Unidos no Atlântico Sul, nem com o acordo de Bogotá com Washington que permitirá a utilização de até sete bases colombianas por militares americanos.

"Nós só queremos nos capacitar para dizer 'não' quando tivermos a necessidade de dizer 'não'", argumentou o ministro, após comentar a enorme riqueza que o Brasil tem em matéria de alimentos, água potável, hidrocarbonetos e energias alternativas.

Sobre a tensão regional com a Colômbia, Jobim afirmou que o tema vai se solucionar, mas disse que é preciso ter "paciência e tolerância". "É uma questão de tempo", acrescentou. EFE

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