Brasileiros e europeus veem crise como chance para reduzir desigualdades

Publicado 08.07.2009, 09:10
Atualizado 08.07.2009, 09:35

Bruxelas, 8 jul (EFE).- Representantes da sociedade civil do Brasil e da União Europeia (UE) encerraram hoje sua primeira mesa-redonda em Bruxelas, na qual pediram que a atual crise econômica seja uma oportunidade para reduzir as desigualdades e impulsionar o desenvolvimento sustentável.

O encontro durou dois dias e faz parte da associação estratégica que Brasil e UE deram início em 2007. Suas conclusões serão apresentadas aos Governos de ambas as partes para que as levem em conta na cúpula de chefes de Estado que será realizada em Estocolmo no mês de outubro, durante a Presidência sueca do bloco.

Em declaração conjunta ao término das reuniões, ambas as partes demonstraram o desejo de liderar a transição para um "novo modelo" de desenvolvimento e de boa governabilidade, que consideram necessário para superar a crise econômica e, por sua vez, acabar com as desigualdades sociais.

Além disso, destacaram o lado "positivo" das reuniões do Grupo dos Vinte (G20, países ricos e principais emergentes) para buscar soluções conjuntas à crise, e recomendaram "uma ampliação do número de países que participam desse diálogo global", sem chegar a identificar quais Estados poderiam ser incluídos.

Paulo Simão, membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), disse em entrevista coletiva que "não se pode deixar a economia mundial nas mãos de um punhado de países".

"É preciso levar em conta às economias emergentes, antes chamadas de Terceiro Mundo, que agora têm uma importância fundamental", afirmou.

Em sua opinião, "o que a sociedade civil no mundo pede é que existam instituições produtivas e frutíferas".

Simão também defendeu lutar contra o protecionismo, "que leva a uma distorção do comércio mundial".

Outro assunto tratado na mesa-redonda foi o das fontes de energia renováveis e a mudança climática. Os representantes europeus e brasileiros sublinharam a importância do uso de biomassa e de biocombustíveis de segunda e terceira geração para combater as emissões de carbono.

O presidente do Comitê Econômico e Social Europeu (CESE), Mario Sepi, assinalou que, para conseguir esse objetivo, será igualmente importante um emprego cada vez maior de energias limpas para fazer a transição rumo a um "modelo de desenvolvimento que não desperdice a energia".

A próxima reunião de representantes das sociedades civis brasileira e europeia será em dezembro no Brasil. EFE

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