Londres, 3 mai (EFE).- O preço do barril do Brent subiu hoje 1,7%
até os US$ 88,94 no mercado de Londres, em um dia no qual chegou a
máximos não vistos em dois anos, afetado pelo andamento do vazamento
de petróleo no Golfo de México.
O barril de petróleo do Mar do Norte, de referência na Europa,
para entrega em junho acabou o dia no Intercontinental Exchange
Futures (ICE) a US$ 88,94, US$ 1,5 a mais que ao término do pregão
anterior, quando ficou em US$ 87,44.
O preço máximo negociado hoje foi de US$ 89,58 enquanto o mínimo
chegou aos US$ 87,16.
A incerteza da evolução da mancha de petróleo no litoral
americano do Golfo do México teve muito que a ver na cotação do
Brent.
A companhia petrolífera britânica BP assegurou hoje que tomará
"todas as medidas possíveis" para conter a expansão do vazamento e
pagará, além disso, as reivindicações legítimas por danos.
O desastre é visto pelos analistas como uma variável na
negociação em alta dos preços do petróleo já que poderia originar,
potencialmente, interrupções de provisão a curto prazo.
Nos últimos dias, o preço do barril experimentou uma marcada
tendência de alta no mercado graças, também, aos bons resultados da
economia americana conhecidos no final de semana.
A despesa dos consumidores americanos cresceu 0,5% em março, mais
do previsto, e a renda pessoal 0,2%, o que contribuiu para que Wall
Street abrisse hoje com lucro.
A situação crítica que vive a Grécia é outro dos elementos
levados em conta nos últimos dias nestas negociações do Brent.
A este respeito, finalmente, os países da zona do Euro, o Banco
Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional (FMI) concordaram
no domingo em dar ao país créditos brandos por US$ 110 bilhões de
euros para os próximos três anos. EFE