O dólar oscila na manhã desta terça-feira, 12, com viés de baixa, após exibir viés de alta pontual em meio à elevação de 0,83% do IPCA de fevereiro, acima da mediana do Projeções Broadcast, que era de 0,78%.
O mercado de câmbio perdeu força em linha com a desvalorização do dólar e dos juros longos dos Treasuries no exterior. Investidores ajustam posições de forma contida à espera do índice de inflação ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos de fevereiro (9h30).
O CPI pode mostrar leve aceleração, de 0,4% em fevereiro, de 0,3% em janeiro. Já o núcleo do indicador deve desacelerar para ganho mensal de 0,3% no mês passado, de 0,4% em janeiro, segundo o Projeções Broadcast.
Segundo operadores, o CPI pode mexer com as expectativas para o início da flexibilização monetária, a oito dias da reunião de março dos bancos centrais brasileiro e norte-americano. O CME Group apontava 72% de chance de início de corte de juros em junho, perto das 7 horas.
No caso do IPCA, operadores afirmam que não altera a chance de mais dois cortes de 0,50 ponto porcentual da Selic pelo Copom nas próximas reuniões, mas está sendo analisado em relação ao impacto no ciclo total de flexibilização.
Mais cedo, o boletim Focus trouxe revisão no IPCA para 2024, de 3,76% para 3,77%, enquanto para 2025 segue em 3,51% e para 2026 e 2027 em 3,50%. Para a Selic, a projeção segue em 9% no fim deste ano e segue em 8,5% para os próximos três anos, até 2027. A projeção de alta do PIB de 2024 passou de 1,77% para 1,78%; e para 2025, segue em 5,00%. Para a taxa de câmbio, a estimativa segue em R$ 4,93% para 2024 e em R$ 5,00 para 2025.
Às 9h19 desta terça, o dólar à vista perdia 0,11%, a R$ 4,9735. O dólar para abril cedia 0,15%, a R$ 4,9785.