👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Câmbio se aproxima de fundamentos no 1º tri, mas FGV prevê maior desalinhamento à frente

Publicado 12.08.2022, 16:52
Atualizado 12.08.2022, 16:55
© Reuters. Notas de reais e dólares retratadas em casa de câmbio no Rio de Janeiro
10/09/2015
REUTERS/Ricardo Moraes
USD/BRL
-

SÃO PAULO (Reuters) - A taxa de câmbio real efetiva do Brasil terminou o primeiro trimestre com o menor desvio negativo em relação aos fundamentos desde pelo menos junho de 2020, segundo dados da FGV, mas esse desalinhamento deve ter piorado nos meses seguintes conforme o dólar voltou a ganhar terreno sobre o real em meio a ruídos fiscais domésticos e preocupações com a rota dos juros no mundo.

A média dos modelos indica que a taxa real de câmbio efetiva fechou março com desvalorização real de aproximadamente 7,7% em relação ao patamar sugerido pelos fundamentos.

Os fundamentos têm flutuado em torno de um mesmo nível desde 2019, pelo menos, segundo estimativas da FGV. Levando-se em conta um modelo que considera maior número de variáveis de fundamentos --um dos mais acompanhados pela FGV-- e a valorização da taxa nominal de câmbio nos três primeiros meses do ano, o desvio negativo da taxa efetiva chegou a cair para apenas 0,7%.

Entre os vários modelos, as estimativas de desalinhamento variaram entre -19,3% (real mais fraco que os fundamentos) e +6,2% (taxa de câmbio mais valorizada do que o sugerido pelos modelos), segundo carta do Centro de Macroeconomia Aplicada da Escola de Economia de São Paulo da FGV (FGV-EESP), em estudo liderado pelo coordenador Emerson Marçal.

"Mas o desalinhamento voltou a aumentar no segundo trimestre, muito provavelmente", disse Marçal em entrevista à Reuters. "Muita água passou por baixo da ponte desde março: questão fiscal, ICMS, pacote de bondades do governo, subida de juros nos Estados Unidos... são todos fatores que pressionam o câmbio. E o risco-Brasil voltou a subir", afirmou.

A taxa de câmbio real efetiva desvalorizou 4,61% no acumulado de maio e junho, segundo dados divulgados pelo Banco Central, tendo como deflator o IPA-DI. A queda veio depois de, no primeiro trimestre, a taxa real saltar 16,41%. A valorização se estendeu até abril, e no primeiro quadrimestre de 2022 o câmbio real disparou 21,88%.

© Reuters. Notas de reais e dólares retratadas em casa de câmbio no Rio de Janeiro
10/09/2015
REUTERS/Ricardo Moraes

Em 4 de abril, a taxa de câmbio nominal fechou em 4,6075 reais por dólar, menor valor desde o início de março de 2020, antes do estouro da pandemia de Covid-19.

"O que vai dominar o câmbio até o fim do ano basicamente é a dinâmica doméstica", disse Marçal, sem descartar, contudo, impacto potencial de surpresas externas, sobretudo do lado da política monetária norte-americana.

 

(Por José de Castro)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.