Washington, 2 set (EFE).- A Casa Branca descartou nesta
quinta-feira que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama,
esteja considerando a possibilidade de implementar um novo plano de
estímulo para a economia, mas trabalha em novas ideias para fomentar
a criação de emprego.
O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse em sua entrevista
coletiva diária que "nenhum pacote de estímulo está sendo
considerado", e assinalou que o presidente pretende "criar um
entorno no qual o setor privado ofereça mais postos de trabalho".
Gibbs respondeu assim às polêmicas declarações de uma
ex-conselheira do presidente em assuntos econômicos, Christina
Romer, que abandonou seu cargo na quarta-feira.
Em seu discurso de despedida, a ex-assessora indicou que a única
maneira de aumentar a demanda em curto prazo no país seria fazer com
"que o Governo gaste mais e cobre menos em impostos", uma frase que
parte da imprensa interpretou como o presságio de um novo grande
desembolso para reativar a economia.
Para Gibbs, por outro lado, as declarações "encaixam com o que o
presidente disse na segunda-feira", quando anunciou que tinha pedido
ao Congresso que aprove em breve um projeto de lei para facilitar os
créditos para as pequenas empresas e estender o corte de impostos
para a classe média.
Gibbs lembrou que a criação de emprego é outra das prioridades de
Obama, embora não tenha feito comentários sobre o aumento da taxa de
desemprego previsto para agosto, que será publicada nesta sexta, e
que, segundo os especialistas, subirá um décimo, até 9,6%.
Segundo o jornal "The Washington Post", que cita fontes ligadas à
equipe econômica de Obama, o presidente tem ainda sobre a mesa
propostas no valor de centenas de bilhões para diminuir impostos nos
negócios.
A Casa Branca também anunciou nesta quinta que a agenda de Obama
na próxima semana estará centrada na economia, tema que tratará em
suas visitas a Wisconsin e Ohio, e em entrevista coletiva que será
realizada na sexta-feira, 10 de setembro, na mansão presidencial.
EFE