Pequim, 2 fev (EFE).- A chanceler alemã, Angela Merkel, garantiu nesta quinta-feira a estabilidade da zona do euro às autoridades chinesas, interessadas em uma solução pra crise da dívida por seus cada vez maiores investimentos na União Europeia, atualmente estimados em 3 trilhões de euros em reservas na divisa.
Pequim sublinhou em inúmeras ocasiões que o euro estável e a recuperação do crescimento econômico na UE respondem aos interesses da China como primeiro exportador mundial, mas considera que são os europeus que devem de "cumprir com seus deveres".
Logo após chegar nesta quinta-feira a Pequim, a chanceler alemã pediu a China respeito à propriedade intelectual e a reciprocidade no acesso ao mercado chinês para empresas alemãs e de outros países europeus, a mesma aplicada aos negócios chineses na Europa.
Em discurso para especialistas da Academia de Ciências Sociais da China (CASS), Merkel declarou nesta quinta que o país pode contribuir para resolver o problema da dívida, que não é só europeu, acrescentou, mas global.
Segundo a chefe do Governo alemão, o euro tornou a Europa mais forte e a EU conquistou grandes progressos nos últimos anos, pois seus membros estão profundamente convencidos de que estão na via correta.
Na agenda de Merkel constam reuniões com o presidente da China, Hu Jintao, o da Assembleia Nacional Popular (ANP), Wu Wangguo, e o primeiro-ministro, Wen Jiabao, que ocupa um lugar de destaque no novo tratado europeu sobre estrita disciplina orçamentária.
Merkel vai abordar ainda a crise na Síria e pedirá união no Conselho de Segurança da ONU. Além disso, tentará convencer à China a aumentar sua contribuição por meio do Fundo Monetário Internacional (FMI) ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), e que se some aos países que suspenderão totalmente a compra de petróleo do Irã. EFE