Chega a 250 o número de mortes causadas pela onda de frio na Europa

Publicado 04.02.2012, 17:29
Atualizado 04.02.2012, 18:49

Redação Central, 4 fev (EFE).- A onda de frio polar que persiste há oito dias segue causando estragos no Leste Europeu, com 250 mortos, a maior parte na Ucrânia, Polônia e Romênia, e chegou neste sábado ao noroeste da África com nevascas incomuns em países como Argélia.

Embora o frio seja notado com maior intensidade em todo o centro e leste da Europa, o maior número de vítimas continua sendo registrado na Ucrânia, onde só nas últimas 24 horas 21 pessoas perderam a vida, o que eleva a 122 o número de mortes no país.

As autoridades de Kiev habilitaram 3 mil abrigos públicos com calefação para que os cidadãos possam se proteger do frio. Apesar das novas vítimas, as temperaturas na Ucrânia vêm subindo nas últimas horas e, dos quase 30 graus abaixo zero de sexta-feira, as mínimas subiram quatro graus neste sábado e a máxima ficou em torno dos 15 negativos.

Na Rússia, onde se contabilizaram 64 mortes em consequência do frio durante o mês de janeiro, o Ministério da Saúde advertiu que ainda não foi possível fazer verificações em algumas regiões do país e que, por isso, esse número poderia aumentar.

Já na Polônia, novas mortes foram registradas - oito durante a última noite -, o que eleva a 45 o número de mortos no país por congelamento ou hipotermia, a maioria sem-teto.

A polícia vem patrulhando as áreas onde habitualmente ficam os moradores de rua, oferecendo-lhes comida quente e a possibilidade de se mudar para um abrigo.

No resto da Europa oriental e central, se contabilizaram pelo menos sete novas mortes, quatro delas na Romênia, onde o número de mortos subiu para 28.

Pelo país, 14 estradas permanecem bloqueadas, segundo informações do Ministério de Transportes, enquanto a circulação de dezenas de trens foi cancelada por causa da neve.

Mais de 300 pessoas sem-teto foram transportadas para centros sociais pelos serviços de emergência nas ultimas 24 horas, segundo o Ministério da Saúde, enquanto 150 necessitaram de assistência médica.

Na vizinha Hungria, já são seis os mortos por causa do frio, após uma idosa morrer congelada na rua na localidade de Székesfehérvár, ao sudoeste de Budapeste.

O Serviço de Meteorologia da Hungria declarou alerta vermelho em nove províncias do sul e leste do país, laranja em outras três e amarelo nas sete restantes.

As previsões indicam uma intensificação das nevascas nas próximas horas no sudeste do país, incluindo uma camada de neve de até meio metro de altura, algo incomum nas planícies húngaras.

Em Montenegro, uma pessoa morreu por causa do frio polar que também castiga o pequeno país mediterrâneo, enquanto na Sérvia segue o estado de emergência de 27 municípios devido às grandes quantidades de neve acumuladas e às baixas temperaturas.

Na Croácia, a situação mais difícil é registrada no litoral do mar Adriático, na região da Dalmácia, onde neste sábado foi decretado estado de emergência, com até dois metros de neve e fortes ventos de até 200 km/h.

A onda de frio mantém também 68 departamentos da França sob alerta - dois terços do país. A tempestade vinda do Leste Europeu fez duas vítimas na França: um idoso que sofria de Alzheimer, encontrado em uma estrada florestal em Mosela, e outro com a mesma doença, em Toulouse.

Na Itália, o número de mortos subiu para seis com as duas pessoas que morreram em Roma nas últimas 24 horas. Uma delas era um homem que foi atropelado pelo próprio carro enquanto colocava correntes nos pneus.

A tempestade manteve seu curso em direção ao sul e chegou até Argélia, cuja capital amanheceu com neve pela primeira vez em sete anos, onde vários voos também foram cancelados.

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