Canberra, 16 nov (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou nesta quarta-feira que a China deve rever algumas de suas atitudes com relação ao comércio se quer mesmo participar do Acordo Estratégico Transpacífico para a Cooperação Econômica (TPP).
Em entrevista coletiva ao lado da primeira-ministra australiana, Julia Gillard, Obama rejeitou que o acordo seja concebido como uma ferramenta para excluir a China.
"A ideia que tememos ou queremos excluir a China está completamente equivocada", declarou o líder americano.
Para somar-se ao TPP, no entanto, é necessário cumprir uma série de princípios claros e respeitar as regras.
"Se a China diz que quer participar, damos às boas-vindas a China. Mas o ingresso no TPP obrigaria a rever algumas atitudes com relação ao comércio", acrescentou o presidente americano.
Durante a cúpula do fórum de cooperação econômica Ásia Pacífico encerrado no domingo em Honolulu (EUA), o TPP recebeu forte impulso com a demonstração de que Japão, Canadá e México estão dispostos a abrir negociações para somarem-se ao grupo.
Os ministros terão uma rodada de negociações em dezembro, que terá continuidade ao longo de 2012, com o objetivo de alcançar um texto que defina o projeto.
Com nove países membros, entre estes a Austrália, Nova Zelândia, Chile e o Peru, o TPP aspira se transformar em área de livre-comércio para toda a região da Ásia Pacífico.
O presidente dos Estados Unidos está em Canberra em viagem pela Ásia Pacífico que concluirá neste fim de semana em Bali (Indonésia) para assistir à cúpula do leste Asiático.
Sua viagem tem a missão em parte de resistir à pujança chinesa na região. Durante a cúpula da Apec, Obama reivindicou à China que "assuma suas responsabilidades" e complete as regras do jogo em áreas como a cotação do iuane e proteção dos direitos intelectuais. EFE