CAIRO (Reuters) - Quatro manifestantes e um policial foram mortos no Cairo nesta quinta-feira, informou o governo, um ano depois de forças estatais matarem centenas de apoiadores da Irmandade Muçulmana no pior massacre da história egípcia recente.
O Ministério da Saúde afirmou que quatro manifestantes morreram e 13 outros ficaram feridos durante os embates com as forças de segurança. Cinco pessoas se feriram em conflitos nos arredores da capital.
Um comunicado do Ministério do Interior informou que um policial também foi morto e que outro ficou ferido, e que 114 membros da Irmandade foram presos em todo o país nesta quinta-feira devido a protestos e vandalismo.
Manifestações-relâmpago são o máximo que o grupo consegue realizar desde que a repressão severa levou millhares à prisão e centenas foram condenados à morte.
A Irmandade, outrora o grupo político mais organizado do Egito, foi declarada uma organização terrorista no ano passado, e sua facção política foi colocada na ilegalidade na semana passada.
A violência vem polarizando o país desde que o Exército depôs o presidente islâmico eleito Mohamed Mursi em meados do ano passado depois de protestos em massa nas ruas.
(Reportagem de Maggie Fick, Omar Fahmy e Mahmoud Mourad)