Lima, 30 mai (EFE).- A Bolsa de Valores de Lima anunciou nesta segunda-feira o início das operações do Mercado Integrado Latino-Americano (Mila), que une as bolsas de valores de Chile, Colômbia e Peru.
Roberto Hoyle, presidente da Bolsa de Valores de Lima, assinalou que, com o nascimento do Mila, a bolsa de Lima se transforma em uma entrada de investidores de todo o mundo, especialmente colombianos e chilenos.
O presidente da bolsa acrescentou que o Mila permitirá o maior fluxo de capitais para um mercado que passa a ser o com mais emissores na América Latina, o segundo em valor de mercado e o terceiro em volume de negócios.
Hoyle anunciou que nas próximas semanas será lançado um índice geral do Mila chamado S&P/MILA 40 Index, que será um indicador de capitalização formado pelas 40 ações mais representativas do mercado, a maioria delas com uma liquidez superior a US$ 1 milhão.
Por sua vez, o ministro de Economia peruano, Ismael Benavides, afirmou que o Mila modernizará a Bolsa de Valores de Lima e anunciou que se espera que em breve se integre a Bolsa de Valores do México, uma iniciativa desenvolvida pelo presidente mexicano, Felipe Calderón.
Benavides assinalou, além disso, que espera que o Congresso aprove a curto prazo os projetos de lei de criação da Superintendência de Valores, a modernização da Lei da Bolsa de Valores e o aumento dos investimentos no exterior das Administradoras de Fundos de Pensões.
Segundo fontes da entidade da bolsa, a primeira operação dentro do mercado do Mila foi uma compra da Colômbia de ações da mineradora peruana de zinco Volcán, aproximadamente às 08h36 no horário local (10h36 de Brasília).
O início das operações do Mila se desenvolveu em um mercado vendedor onde a praça limenha registrava uma forte queda de 4,80%.
O presidente da bolsa limenha assinalou que o nervosismo do mercado obedeceu à difusão das últimas pesquisas que reduziram a distância entre os candidatos presidenciais peruanos, Ollanta Humala e Keiko Fujimori.
Hoyle previu que, nos próximos pregões, a bolsa de Lima se mostrará volátil e afirmou que o novo presidente peruano continuará com o modelo econômico que impulsionou o forte crescimento do país. EFE