Bruxelas, 10 nov (EFE).- A Comissão Europeia (CE) apresentou nesta quarta-feira sua nova estratégia energética face a 2020, na qual dá prioridade à economia de energia, laços fortes com sócios internacionais e a inovação, com o objetivo de garantir o abastecimento e tornar o mercado energético europeu competitivo.
"Para conseguir uma economia eficiente, competitiva e de baixa emissão de carbono, devemos europeizar nossa política energética e estabilizar-nos em um reduzido número de prioridades importantes", destacou em entrevista coletiva o comissário de Energia europeu, Günther Oettinger.
No comunicado - documento não legislativo - apresentado nesta quarta-feira, a Comissão fixa cinco objetivos prioritários sobre os quais desenvolverá durante os próximos 18 meses iniciativas legislativas concretas, às quais contribuirá a cúpula de líderes da UE sobre energia que ocorrerá em 4 de fevereiro, precisou a CE.
O primeiro ponto será economia de energia no transporte e nos prédios, para os quais Bruxelas vai sugerir incentivos e instrumentos financeiros para fomentar o investimento e a renovação nesses setores.
Além disso, assinalou que o setor público deverá levar em conta a eficiência energética na hora de adjudicar obras e adquirir serviços ou produtos.
Em segundo lugar, a Comissão fixou uma data limite para a realização do mercado interno da energia, de modo que todos os estados-membros se envolvam antes de 2015.
O comissário lembrou que nos próximos dez anos, será necessário investir 1 trilhão de euros em infraestruturas energéticas na UE, e para fomentar a realização dos principais projetos estratégicos a Comissão propõe simplificar e agilizar a concessão de obras, estabelecendo um prazo máximo até a autorização final e o financiamento europeia.
Além disso, a Comissão propõe que os 27 sejam "uma só voz" no âmbito mundial da energia, e que se coordene sua política energética com terceiros países. EFE