Bruxelas, 29 abr (EFE).- A Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia) pediu nesta sexta-feira aos Estados-membros que prolonguem durante um prazo "limitado" as restrições ao transporte de líquidos na bagagem de mão, que deviam ser suprimidas a partir do dia 29 de abril para os voos de outros países que fazem escala nos aeroportos do bloco.
O Executivo comunitário, que até ontem defendia que se respeitassem os prazos previstos para começar a eliminar essas limitações, modificou sua posição pela pressão de um bom número de países contrários à medida, explicou em comunicado o comissário europeu de Transporte, Siim Kallas.
Por isso, Bruxelas está aconselhando agora que se adie "por um período limitado" a eliminação das restrições.
O comissário explicou que a mudança de posição de Bruxelas pretende "evitar uma situação que não teria facilitado as viagens, mas causado confusão entre os passageiros", já que nos últimos dias um "crescente número" de países tinha comunicado a Bruxelas sua intenção de manter as restrições.
O Executivo do bloco confirmou na quinta-feira que a França o tinha pedido formalmente e que outros países o tinham solicitado de maneira informal.
O comissário aconselhou que as restrições sejam mantidas "até que os passageiros possam viajar com segurança".
O comissário ressaltou que seu objetivo é "fazer a vida mais simples aos passageiros".
A Comissão lembrou que seu objetivo principal é a supressão das restrições ao transporte de líquidos na bagagem de mão nos voos comerciais da UE, o que está previsto que ocorra a partir do dia 29 de abril de 2013.
Para essa data, Bruxelas acredita que os aeroportos europeus contem com a tecnologia necessária para detectar substâncias explosivas nos controles dos aeroportos.
As normas atualmente em vigor impedem aos passageiros levar na bagagem de mão mais de um litro de líquidos, géis ou aerossóis e obrigam que esta quantidade esteja dividida em vasilhas de 100 mililitros e dentro de uma bolsa de plástico transparente de um litro de capacidade, embora haja exceções para os remédios e alimentos especiais. EFE