Nova York, 2 mai (EFE).- Os Conselhos de Administração das
companhias aéreas americanas United Airlines e Continental aprovaram
hoje sua fusão, em uma operação avaliada em mais de US$ 3 bilhões e
que criará a maior companhia aérea do mundo.
Os conselheiros das duas companhias aéreas se reuniram neste
domingo para dar seu sinal verde à fusão, informou hoje o jornal
"The Wall Street Journal", segundo o qual "o acordo, que foi
descrito pelas empresas como uma fusão entre iguais, será baseado em
uma troca de ações sem prêmios".
De acordo com a publicação, a companhia resultante "poderia usar
o nome da United, seria quase 8% maior que a Delta Air Lines" e
administraria 21% das praças do mercado americano, contra os 20% que
a Delta alcançou após a aquisição da Northwest Airlines em 2008.
Segundo o "WSJ", a maior companhia aérea do mundo deve ter sede
em Chicago e pode ser comandada pelo presidente-executivo da
Continental, Jeff Smisek, enquanto seu colega da United, Glenn
Tilton, presidiria a junta diretora.
Espera-se que as companhias aéreas anunciem sua fusão, que ainda
precisa ser aprovada pela autoridade reguladora, na segunda-feira,
mas o anúncio ainda não foi confirmado.
O conselho da United Airlines se reuniu na sexta-feira passada,
enquanto os conselheiros da Continental o fizeram nesse dia e no
domingo.
As duas empresas já tentaram em 2008, sem sucesso, uma operação
similar.
Essas negociações entre United e Continental, respectivamente
terceira e quarta companhias aéreas do mundo em número de
passageiros, não chegaram a se concretizar diante da decisão da
Continental de continuar sozinha ao considerar o ambiente econômico
muito arriscado.
Atualmente, o setor aéreo vive uma tendência de consolidação para
reduzir custos e capacidade, aumentar a competitividade e enfrentar
melhor a crescente concorrência e a guerra de preços.
Na semana passada, a United apresentou, assim como outras
companhias aéreas, seus resultados empresariais do primeiro
trimestre do ano, quando conseguiu reduzir perdas e confirmou que o
setor começa a se recuperar da recessão econômica e que pode retomar
seu processo de integração através de fusões.
No primeiro trimestre de 2010, a United reduziu suas perdas em
78,5%, até US$ 82 milhões (US$ 0,49 por ação), graças em grande
parte à recuperação do transporte de passageiros.
No fechamento do pregão de sexta-feira, as ações da United
registravam alta de 0,59%, US$ 21,60, enquanto as da Continental
caíam 1,54%, até US$ 22,35. EFE