Genebra, 20 jan (EFE).- O Comitê Internacional da Cruz Vermelha
(CICV) afirmou hoje que os problemas de higiene e saneamento se
transformaram em um dos principais desafios no Haiti.
Através de um comunicado, os ativistas no terreno da Cruz
Vermelha afirmaram hoje que a escassez de água tanto para consumo
quanto para higiene é alarmante, dados os eventuais problemas
sanitários que pode acarretar.
A Cruz Vermelha está distribuindo água potável a cerca de 12 mil
pessoas na capital, Porto Príncipe, algo que é totalmente
insuficiente.
Outra das principais preocupações é a alta repentina dos preços,
que torna inacessível os alimentos para aqueles que ainda têm
dinheiro.
Além disso, a Cruz Vermelha conseguiu finalmente chegar a
Petit-Goave, uma localidade litorânea situada 70 quilômetros ao
sudoeste de Porto Príncipe, cujo hospital ficou totalmente destruído
pelo terremoto.
O CICV atendeu em Petit-Goave 500 pacientes com material de
primeira necessidade e espera distribuir remédios nos próximos dias.
A Cruz Vermelha também estabeleceu um sistema de registro de
pessoas que buscam parentes desaparecidos. Até o momento, 23,5 mil
pessoas se inscreveram, das quais 1,6 mil conseguiram encontrar seus
entes queridos.
O terremoto de 7 graus na escala Richter aconteceu às 19h53
(Brasília) do dia 12 e teve epicentro a 15 quilômetros da capital
haitiana, Porto Príncipe. Segundo declarações à Agência Efe, o
primeiro-ministro do Haiti, Jean Max Bellerive, acredita que o
número de mortos superará 100 mil.
O Exército brasileiro informou que 18 militares do país que
participavam da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti
(Minustah) morreram em consequência do terremoto.
Entre os civis - além da médica Zilda Arns, fundadora e
coordenadora da Pastoral da Criança, e de Luiz Carlos da Costa, o
segundo civil mais importante na hierarquia da ONU no Haiti -, foi
informado hoje que outra mulher também morreu no tremor, aumentando
para 21 o número total de vítimas brasileiras. EFE