Istambul (Turquia), 3 out (EFE).- O déficit fiscal da Espanha
subirá para 12,3% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano e para
12,5% no seguinte, medido em paridade de poder de compra, segundo
disse hoje o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O resultado das contas do Estado dará um giro brusco devido à
recessão e aos programas de estímulo do Governo, segundo os números
do Fundo.
Em 2007 houve um superávit de 2,2% do PIB, enquanto em 2008 se
registrou um déficit de 3,8%.
Em suas estimativas, o organismo usa um PIB calculado com base na
paridade de poder de compra (PPP, em inglês), que elimina as
distorções pelas diferenças nos níveis de preços.
O FMI divulgou seus novos números em um relatório sobre a
economia europeia apresentado em Istambul, às vésperas da Assembleia
Anual conjunta com o Banco Mundial.
No estudo, a instituição destaca que o aumento do desemprego foi
maior na Espanha que nos países vizinhos e que em outras recessões
porque a crise mundial coincidiu com o fim de um boom da construção
"extraordinário mas insustentável".
O FMI prevê que a taxa de desemprego suba para 20,2% no próximo
ano.
Os trabalhadores que mais sofreram até agora são os que contam
com contratos temporários, que chegam a 25% dos empregados na
Espanha, um número muito alto, segundo o FMI. EFE