Bruxelas, 31 ago (EFE).- O desemprego na zona do euro manteve
estabilidade em julho em 10%, mesmo percentual desde março, enquanto
em toda a União Europeia o índice seguiu estagnado em 9,6%, um
número que permanece inalterado desde fevereiro.
Na Espanha, o desemprego voltou a subir em julho até situar-se em
20,3%, a maior taxa dos 27 e mais do que o dobro dos membros da
moeda única, segundo dados corrigidos estacionalmente e divulgados
hoje pelo Eurostat, o escritório comunitário de estatística.
Em julho de 2009, o desemprego afetava 9,6% da população ativa
nos países do euro, e 9,1% no conjunto dos 27.
Eurostat estima que em toda a UE 23,05 milhões de pessoas
desempregadas em julho, das quais 15,83 milhões pertenciam à zona do
euro; após uma queda com relação a junho de 45 mil pessoas nos 27 e
8 mil desempregados nos sócios da moeda única.
Nos 12 meses, o número de desempregados aumentou em 1,1 milhão de
pessoas em toda a União e em 660 mil nos sócios do euro,
ligeiramente abaixo do aumento anualizado registrado o mês anterior.
Além de 18,4% na Espanha, as maiores taxas de desemprego foram
registradas na Letônia (20,1%) e Estônia (18,6%), embora os dados
destes dois países correspondam ao primeiro e segundo trimestre de
2010, respectivamente.
No outro extremo aparece a Áustria (desemprego cai 0,01% em
julho, para 3,8%) e Holanda (registrou 4,4% em junho).
Na Alemanha, a economia mais importante da UE, o desemprego se
manteve estável em julho em 6,9%, segundo os dados corrigidos;
enquanto na França permaneceu inalterado em 10%.
Levando em consideração a evolução dos últimos 12 meses, três dos
países que já divulgaram seus dados ao Eurostat registraram baixa
anualizada do desemprego, dois permaneceram estáveis e outros 22
viveram um aumento.
Os únicos estados membro que registraram descensos anuais do
desemprego foram Áustria (de 5,1% para 3,8%), Malta (de 7,3% para
6,5%) e Alemanha (de 7,6% para 6,9%).
As principais altas do desemprego nos últimos 12 meses ocorreram
na Letônia (de 13,5% para 20,1%) e Lituânia (de 11,2% para 17,3%),
pelos dados dos primeiros trimestres de 2009 e 2010.
O aumento anualizado do desemprego tanto na zona do euro quanto
na UE afetou ligeiramente mais as mulheres do que aos homens.
Entre julho de 2009 e o mesmo mês de 2010, a taxa de desemprego
entre eles subiu de 9,5% para 9,8% na zona do euro e de 9,2% para
9,6% no conjunto da UE; enquanto para as mulheres subiu de 9,8% para
10,3% nos países da moeda única e de 9% para 9,6% no conjunto da UE.
Entre os menores de 25 anos, o grupo de população mais afetado
pelo desemprego, a taxa caiu 0,02% em julho, para 19,6% na zona do
euro, e 0,01%, para 20,2% na UE; enquanto no mesmo mês do ano
anterior o desemprego na mesma faixa etária era de 19,8% e 20,1%,
respectivamente.
As taxas mais baixas de desemprego entre os jovens corresponderam
à Holanda (8,1% em junho de 2010) e as mais elevadas ficam na
Espanha (41,5%), Letônia (39,5% no primeiro trimestre de 2010) e
Estônia (37,2% no segundo trimestre 2010). EFE