Bruxelas, 2 jun (EFE).- O desemprego aumentou em abril tanto na
zona do euro, onde já atinge 9,2% da população ativa, quanto na
União Europeia (UE), onde os desempregados são 8,6% dos
trabalhadores.
Segundo a informação oferecida hoje pelo Eurostat, escritório de
estatística da UE, a taxa de desemprego aumentou em abril três
décimos nos países da moeda única (1,9 ponto, em comparação a abril
de 2008) e dois em toda a UE (1,8 ponto a mais que um ano antes).
No último ano, 4,653 milhões de pessoas perderam o emprego na UE
(556 mil só em abril), dos quais 3,1 milhões estão na zona do euro,
onde o desemprego subiu em 396 mil pessoas em abril.
Assim, o desemprego já afeta 20,825 milhões de pessoas na UE e,
deles, 14,579 milhões correspondiam aos países da zona do euro.
A Espanha, com uma taxa de desemprego de 18,1%, voltou a ser, por
mais um mês, o Estado-membro com a maior taxa de desemprego.
Em seguida, estão Letônia (17,4%), Lituânia (16,8%) e Estônia
(13,9%).
Os três países bálticos são os países-membros onde o desemprego
aumenta mais rapidamente, tanto em termos mensais quanto
anualizados.
Pelo contrário, os países que, apesar da crise, seguem com um
desemprego mais reduzido são Holanda (3%), Áustria (4,2%) e Chipre
(5,4%).
Das grandes economias para as quais há informação atualizada, o
desemprego na França ficou em 8,9% em abril e em 7,7% na Alemanha,
em ambos os casos um décimo a mais que em março.
Quanto à distribuição do desemprego por sexos, o desemprego nos
países do euro afeta 8,9% dos trabalhadores homens - após subir dois
décimos em março e 2,3 pontos em relação a abril de 2008 - e 8,6% na
UE - três décimos a mais que no mês anterior e 2,3 ponto a mais que
há um ano.
As mulheres desempregadas são 9,4% na área do euro - dois décimos
a mais que em março e 1,2 ponto a mais que um ano antes - e 8,5% em
toda a UE - frente a 8,4% do mês anterior e a 7,3% doze meses antes.
A Espanha também lidera a classificação de desemprego entre os
jovens, indicador que, em um ano, passou de 22,4% para 36,2%.
Este número praticamente duplica a média dos países do euro
(18,5%) e da UE (18,7%).
Enquanto na Espanha um em cada três trabalhadores de 25 anos está
sem emprego, na Holanda, o país-membro com a melhor situação, este
problema afeta um em cada 16 (6% estão desempregados). EFE