Argel, 4 mai (EFE).- A Justiça argelina condenou nesta quarta-feira os dois últimos presidentes da companhia petrolífera estatal Sonatrach, Mohamed Meziane e Abdelhafidh Feghuli, à detenção e pagamento de multas, informou a agência "APS".
Os dois ex-presidentes da companhia pública argelina, a segunda maior da África, foram julgados por desvio de recursos públicos, violação da legislação de concessão de contratos públicos, abuso de autoridade e falsificação.
O Tribunal de Oran - a segunda maior cidade da Argélia -, que ditou a sentença, condenou Meziane a dois anos de prisão, sendo que permanecerá os 12 primeiros meses encarcerado e os demais só em caso de voltar a cometer um crime. Também deverá pagar uma multa de 500 mil dinares (cerca de 5 mil euros).
Feghuli, que substituiu Meziane à frente da empresa após sua detenção em janeiro de 2010, foi condenado a um ano de prisão, com quatro meses de encarceramento, e deverá desembolsar 200 mil dinares (2 mil euros).
Junto a ambos os ex-presidentes, foram julgados outros três altos funcionários de empresas filiais ou subsidiárias da Sonatrach, bem como da companhia elétrica estatal Sonelgaz, todos eles condenados a um ano de prisão.
O promotor do caso havia pedido penas que oscilavam entre quatro e seis anos de prisão para os cinco acusados.
Os fatos do julgamento datam de outubro de 2007 a 2009 e estão relacionados com um estudo para a construção de uma estação de armazenamento de nitrogênio em um polígono petroquímico em Arzew, no oeste da Argélia. EFE