SÃO PAULO (Reuters) - Os vendedores de dólar dominaram o mercado de câmbio nesta quinta-feira e empurraram a moeda a uma queda superior a 1%, no quarto pregão consecutivo de perdas que terminou com a cotação no menor valor em um mês, em meio à continuidade do desmonte de posições pró-dólar um dia depois de o Fed sinalizar abrandamento na alta dos juros.
A surpreendente retração da economia norte-americana no segundo trimestre --que por uma definição comum deixaria os Estados Unidos em recessão técnica-- pesou sobre o dólar em todo o mundo, uma vez que reforçou cenários de que os juros nos EUA podem não subir tanto, o que tiraria apelo da divisa norte-americana.
O dólar à vista caiu 1,66%, a 5,162 reais, menor valor para um encerramento desde 21 de junho (5,1533 reais). O real revezou com o iene japonês o posto de divisa com melhor performance global nesta sessão.
Em quatro sessões, o dólar recuou 6,10%, maior desvalorização para o período desde novembro de 2020. As baixas consecutivas empurraram a cotação para queda de 1,32% no cômputo de julho. Na sexta-feira passada, o acumulado do mês era de alta de 5,09%.
(Por José de Castro; Edição de Bernardo Caram)