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Dólar à vista sobe 0,76% e fecha no maior valor desde 24 de janeiro

Publicado 21.07.2022, 05:00
© Reuters.  Dólar à vista sobe 0,76% e fecha no maior valor desde 24 de janeiro
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Após uma manhã marcada por trocas de sinal, o dólar se firmou em alta ao longo da tarde acompanhando a onda de fortalecimento da moeda americana tanto em relação a divisas fortes, em especial o euro, quanto emergentes. Entre mínima a R$ 5,3911 e máxima a R$ 5,4708, o dólar encerrou o dia em alta de 0,74%, cotado a R$ 5,4605 - maior valor de fechamento desde 24 de janeiro (R$ 5,5032). Assim, a divisa passou a acumular valorização de 4,31% em julho, após ter fechado junho com alta de 10,15%.

Lá fora, após o refresco de ontem, o índice DXY - que mede o desempenho do dólar frente a seis divisas forte - voltou a subir, trabalhando a maior parte do dia acima da linha dos 107 pontos. O dólar também avançou em relação à maioria das divisas emergentes e de países exportadores de commodities, incluindo pares do real como os pesos chileno e mexicano, além do rand sul-africano.

Ironicamente, o euro apanhou na véspera da reunião do Banco Central Europeu (BCE) em que deve ser anunciada a primeira alta de juros na região em 11 anos. Embora o consenso seja de elevação em 25 pontos-base, ontem havia forte especulação de uma alta de 50 pontos-base. A economia da Europa sofre os efeitos ao mesmo tempo recessivos e inflacionários da escalada dos preços de energia em razão da guerra na Ucrânia.

A Comissão Europeia anunciou hoje plano para reduzir o consumo de gás na União Europeia em 15% até março de 2023, dados os riscos de fornecimento pela Rússia. Um eventual corte total do fornecimento da commodity reduziria o Produto Interno Bruto (PIB) da União Europeia em até 1,5%, segundo estimativas da própria UE. As cotações do petróleo fecharam em queda, com o contrato do tipo Brent para setembro, referência para a Petrobras (BVMF:PETR4), em baixa de 0,40%, a US$ 106,92 o barril.

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Segundo a economista-chefe do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte, na ausência de indicadores domésticos relevantes, o mercado basicamente operou de olho no exterior, sobretudo na Europa, que pode mergulhar em uma recessão em meio a um quadro de inflação global muito forte. "Todos os olhos hoje estão voltados para a Europa, com o risco de racionamento de gás e a decisão do BCE amanhã. Existe um movimento de aversão ao risco que fortalece a moeda americana. Isso fez o dólar subir hoje aqui e se aproximar de R$ 5,50", afirma Consorte.

Em tal ambiente, a alta de 1,52% no minério de ferro em Qingdao, na China, e promessas do governo chinês de estímulo à atividade econômica para atingir metas de crescimento não foram suficiente para estimular o apetite pelo real. Até porque as ações da Vale (BVMF:VALE3), que apresentou dados fracos no segundo trimestre, reduzirem a atratividade da bolsa brasileira. Como previsto por analistas, o Banco do Povo da China (PBoC) manteve as taxas básica de um ano e de cinco anos estáveis. O gigante asiático volta a sofrer com problemas no setor imobiliário, com incorporadoras endividadas e mutuários boicotando o pagamento de hipotecas de imóveis cuja construção ainda não foi concluída.

Por aqui, o Banco Central informou que, após encerrar março com entradas líquidas de US$ 2,851 bilhões, o fluxo cambial foi positivo em US$ 7,727 bilhões - resultado de saída líquida de US$ 3,683 bilhões pelo canal financeiro e entrada de US$ 11,410 bilhões do lado comercial. Mesmo com nova atualização, os dados de fluxo cambial ainda estão atrasados devido à greve dos servidores do BC, encerrada no dia 5 de julho. Hoje, deveriam estar disponíveis os resultados até o dia 15 deste mês.

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O head da Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, observou hoje, no Twitter, que desde 11 de julho, o real apresenta depreciação frente ao dólar maior que a de outras divisas. "Então, há um componente maior de aversão ao risco local", afirmou Weigt.

Na outra ponta, o economista-chefe do Instituto Finanças internacionais (IIF), Robin Brooks, afirmou, também no Twitter, que o tombo do real não diz respeito ao que acontece no Brasil. "O fato de a taxa de câmbio ter voltado para R$ 5,40 está ligado ao aumento do risco de recessão global, que está pesando sobre os preços globais das commodities", escreveu Brooks. "O Brasil é um espectador inocente em tudo isso."

Últimos comentários

o B.O.S.T.A do b.o.l.s.o.n.a.r.o desgr@ç0u o brasil: dólar 🗺 nas ALTURAS sinal de INFLAÇÃO à vista. b.o.l.s.o.n.a.r.o é um #governoDeM.E.R.D.A
pois é né! Bolsonaro é tão mito,q tá intervindo na recessão global🤦🏻‍♀️
Pois é, Roberto, tivemos o azar de ter o pior presidente de todos os tempos junstamente durante a pandemia e a recessão que esta por vir!!! Consequencia, temos uma das piores moedas, maior juro real do mundo e uma das piores bolsa de valores do mundo. So ganhamos de paises quebrados ou em guerra com Venezuela, Argentina, Turquia, Haiti, Afeganistão, Ucrania e similares!!!
Carne é cotada em dólar, soja em dólar, milho em dólar, trigo em dólar, combustíveis em dólar, aço em dólar, componentes eletrônicos em dólar. Alguém lembra do Guedes reclamando das domésticas indo muito para Disney e bradando que dólar alto é bom para o Brasil? Foi ótimo para offshore da politicalha corrupta. Além da alta mundial, mais 40% de aumento na veia das commodities aqui no Brasil. Agora, é só jogar a CURPA na PPI da PBR, na JBS, nos supermecados e na GROBO
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