Dólar cai 1,07%, mas continua acima de R$3,80, após BC reforçar intervenção e com China

Publicado 08.09.2015, 17:13
Atualizado 10.09.2015, 05:09
© Reuters.  Dólar cai 1,07%, mas continua acima de R$3,80, após BC reforçar intervenção e com China
USD/BRL
-

Por Bruno Federowski

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em queda de 1 por cento sobre o real nesta terça-feira, após o Banco Central aumentar sua intervenção no câmbio e em meio ao renovado apetite por risco nos mercados externos diante do avanço das bolsas chinesas.

O dólar recuou 1,07 por cento, a 3,8190 reais na venda. Na mínima do dia, a moeda norte-americana perdeu 2,10 por cento, a 3,7793 reais.

Na sessão passada, a divisa dos Estados Unidos havia avançado 2,68 por cento e renovado a máxima em treze anos.

"O alívio do mercado hoje vem por causa dos leilões de linha do BC e dos mercados externos, com a alta da bolsa da China. Mas a tendência, no curto prazo, ainda é de alta (do dólar)", disse o operador da corretora Correparti Jefferson Luiz Rugik.

O BC ofertou até 3 bilhões de dólares em dois leilões, com datas de recompra do leilão "A" em 4 de novembro de 2015 e do leilão "B" em 2 de dezembro de 2015. As taxas de recompra dessas operações ficaram em 3,870071 e 3,908000 reais, respectivamente.

Na segunda-feira da semana passada, o BC já havia realizado um leilão de linha, com oferta de até 2,4 bilhões de dólares, e não havia mais anunciado outro até então.

Além disso, nesta manhã, o BC deu continuidade aos leilões de swaps cambiais para rolagem vendendo a oferta total de até 9,45 mil contratos, que equivalem a venda futura de dólares, para a rolagem do lote que vence em outubro. Ao todo, já rolou o correspondente a 2,278 bilhões de dólares, ou cerca de 24 por cento do total de 9,458 bilhões de dólares e, se continuar neste ritmo, vai recolocar o todo o lote até o fim deste mês.

O reforço na intervenção do BC vem em meio à escalada da moeda norte-americana diante de preocupações com a deterioração das contas públicas do Brasil, que poderia provocar a perda do selo de bom pagador do país, e com a desaceleração da economia chinesa. Nesta sessão, contudo, as bolsas chinesas subiram quase 3 por cento, trazendo de volta a demanda por ativos de maior risco, como aqueles denominados em reais.

Na semana passada, a Nomura Securities e o banco JPMorgan elevaram suas projeções para a moeda norte-americana, prevendo que encerrará o ano a 4 e 4,10 reais, respectivamente. As projeções anteriores eram de 3,40 e 3,55 reais.

Nesse contexto, o dólar não conseguiu se sustentar nas mínimas desta sessão, com operadores adotando cautela em meio à percepção de que o câmbio deve voltar a ser pressionado em breve. "O cenário interno está muito complicado. (O movimento desta sessão) é um respiro, não é o fim de todos os problemas", disse o superintendente de câmbio da corretora TOV, Reginaldo Siaca.

Cotações mais altas tendem a pressionar a inflação ao encarecer importados. De maneira geral, por outro lado, operadores avaliaram que o BC quer diminuir o ritmo do avanço do dólar frente ao real, e não impedi-lo, movimento que entendem como inevitável.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.