Por Claudia Violante
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar operava em queda e abaixo de 3,40 reais nesta quarta-feira, acompanhando o recuo da moeda norte-americana ante outras divisas de países emergentes no exterior em dia de agenda tranquila, sem tirar o olho no cenário político local.
Às 9:59, o dólar recuava 0,63 por cento, a 3,3865 reais na venda, depois de cair 0,53 por cento nos dois últimos pregões. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,60 por cento.
"A diminuição da tensão na Síria ao mesmo tempo em que parece melhorar a relação entre Estados Unidos e Coreia do Norte, bem como a trégua momentânea em relação à guerra comercial entre norte-americanos e chineses dão um certo otimismo", trouxe a Advanced Corretora em comentário.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que Mike Pompeo, atual diretor da CIA e futuro secretário de Estado norte-americano, encontrou-se com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, na semana passada.
O dólar tinha leves oscilações ante uma cesta de moedas após alcançar a mínima de três semanas, depois que as preocupações sobre eventual guerra comercial diminuíram e dados econômicos firmes nos Estados Unidos impulsionaram o dólar contra o iene e renovaram o apetite pelo risco.
Ante as divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano, o dólar operava em baixa.
Internamente, o cenário político seguia em foco, com os investidores acompanhando os prováveis candidatos à Presidência se articulando para garantir apoio e decolar nas pesquisas de intenção de voto que, por ora, ainda mantinham o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na liderança, embora ele esteja preso e dificilmente conseguirá se candidatar.
Ele é considerado pelos mercados financeiros menos comprometido com as contas públicas e o mercado teme que um candidato com as mesmas características vença as eleições.
O Banco Central brasileiro realiza nesta sessão novo leilão de até 3,4 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em maio e somam 2,565 bilhões de dólares.
Se mantiver esse volume e vendê-lo integralmente, o BC rolará o valor total dos swaps que vencem no próximo mês.