No dia da decisão sobre o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o dólar comercial opera em queda. Às 9h09, a moeda norte-americana era vendida a R$ 3,2314, com queda de 0,27%. Por volta das 10h, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) subia 0,14%, com 58.660,23 pontos.
O mercado também aguarda a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre a taxa básica de juros, a Selic, que vai ser divulgada hoje (31), por volta das 18h, e acompanhou a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, que caiu 0,6% no segundo semestre deste ano.
O mercado também está acompanhando quando o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, vai elevar os juros.
Impeachment
Caso o impeachment da presidenta Dilma Rousseff se concretize, o mercado vai acompanhar se as medidas de ajuste fiscal de Michel Temer vão avançar.
Às 11h de hoje (31), os senadores retomam a sessão final para julgamento e votação do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. A reunião começará com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, que conduz os trabalhos no Senado, apresentando uma síntese das alegações finais da acusação e da defesa. Em seguida, ele deverá responder a algumas questões de ordem que podem ser apresentadas pelos senadores ou pelos advogados sobre a votação.
Concluídas essas preliminares, Lewandowski designará dois senadores favoráveis e dois contrários para fazerem o encaminhamento da votação por cinco minutos cada. Em seguida, será feita a pergunta: “Cometeu a acusada, a senhora presidenta da República, Dilma Vana Rousseff, os crimes de responsabilidade correspondentes à tomada de empréstimos junto à instituição financeira controlada pela União e à abertura de créditos sem autorização do Congresso Nacional, que lhe são imputados, e deve ser condenada à perda do seu cargo, ficando, em consequência, inabilitada para o exercício de qualquer função pública pelo prazo de oito anos?”
O painel então será aberto para a votação dos senadores. Para que a presidenta seja condenada são necessários pelo menos 54 votos, que equivalem à maioria qualificada, ou dois terços dos 81 senadores.
Se a presidenta for condenada, ela será imediatamente notificada, bem como o presidente interino Michel Temer. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deverá então convocar uma sessão do Congresso Nacional para o mesmo dia, a ser realizada na Câmara dos Deputados, para dar posse a Temer.