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Dólar firma queda e vai abaixo de R$3,25 com baixo volume, de olho em Fed e impeachment

Publicado 29.08.2016, 12:56
Dólar firma queda e vai abaixo de R$3,25 com baixo volume, de olho em Fed e impeachment
USD/BRL
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SÃO PAULO (Reuters) - O dólar firmou movimento de queda e foi abaixo de 3,25 reais nesta segunda-feira, dia marcado por baixo volume de negócios antes dos dados de emprego nos Estados Unidos no fim da semana e do desfecho do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

Na sessão anterior, declarações de autoridades do Federal Reserve recolocaram sobre a mesa a possibilidade de o banco central norte-americano elevar os juros no mês que vem, adicionando incerteza aos mercados financeiros globais.

Às 12:14, o dólar recuava 0,82 por cento, a 3,2452 reais na venda, após bater 3,2910 reais na máxima do dia e 3,2435 reais na mínima. O dólar futuro recuava cerca de 0,75 por cento no início da tarde.

"A cautela predomina porque é uma semana de eventos muito importantes", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

Na sexta-feira, o vice-chair do Fed, Stanley Fischer, afirmou que as declarações da chair Janet Yellen eram consistentes com elevação de juros no mês que vem, embora a decisão ainda dependa de indicadores econômicos. Mais cedo, Yellen havia dito que as chances de um aumento vinham crescendo, mas evitou precisar datas.

Os comentários de Fischer levaram o dólar a subir globalmente, já que juros mais altos nos EUA tendem a reduzir o apetite por ativos de alto risco, como os denominados em moedas emergentes. A incerteza seguia forte agora, aumentando a importância do relatório de emprego na sexta-feira.

No cenário local, o processo de impeachment de Dilma dava seus últimos passos com a defesa pessoal da própria presidente no Senado. Operadores davam como certa a confirmação de seu afastamento definitivo, mas esperavam um sinal de força política de Michel Temer que comprove que será capaz de angariar apoio no Congresso Nacional a medidas de austeridade fiscal, após enfrentar dificuldades para fazê-lo enquanto presidente interino.

"Daqui para frente, ou vai ou racha", disse o operador de uma corretora nacional.

Por isso, o volume de negócios era baixo, deixando as cotações sensíveis a operações pontuais. Além disso, a briga pela Ptax, taxa calculada pelo Banco Central que serve de referência para diversos contratos cambiais, começava a ganhar força conforme o fim de agosto se aproxima.

Operadores costumam disputar para deslocar a taxa formulada no último pregão do mês para favorecer suas posições cambiais.

Nesta manhã, o BC vendeu novamente a oferta total de até 10 mil swaps reversos, contratos que equivalem a compra futura de dólares.

(Por Bruno Federowski)

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