Por Claudia Violante
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar operava com forte queda nesta quarta-feira e na casa de 3,85 reais, dando continuidade à trajetória da véspera sob influência do cenário eleitoral que continua mostrando avanço do candidato do PSL Jair Bolsonaro na corrida à Presidência da República.
Às 11:57, o dólar recuava 2,11 por cento, a 3,8520 reais na venda, depois de bater a mínima de 3,8229 reais. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 2,2 por cento.
"O Datafolha confirmou o Ibope e isso está trazendo euforia ao mercado... que já começa a precificar a possibilidade de vitória (de Bolsonaro) no primeiro turno", disse a estrategista de câmbio do banco Ourinvest, Fernanda Consorte.
O Datafolha divulgado na terça-feira mostrou que Bolsonaro ampliou sua vantagem na liderança e chegou a 32 por cento das intenções de voto, de 28 por cento antes. Enquanto isso, o candidato do PT, Fernando Haddad, oscilou negativamente 1 ponto, a 21 por cento.
Na simulação de segundo turno, Bolsonaro aparece à frente de Haddad, com 44 a 42 por cento, mas em empate técnico. No levantamento anterior, o petista vencia por 45 a 39 por cento. Além disso, a rejeição de Haddad aumentou.
Na terça-feira, o dólar já havia fechado no menor valor desde 17 de agosto, a 3,9349 reais, após pesquisa pesquisa Ibope ter mostrado cenário similar.
Nova pesquisa Ibope é esperada para esta quarta-feira, e outro levantamento do Datafolha na quinta encerra a rodada de pesquisas antes do primeiro turno no domingo.
No exterior, o dólar tinha leve alta ante a cesta de moedas e operava misto ante emergentes, com queda ante o peso chileno e alta ante a lira turca.
O Banco Central ofertou e vendeu integralmente nesta sessão 7,7 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 1,155 bilhão de dólares do total de 8,027 bilhões de dólares que vence em novembro.
Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.