Por Claudia Violante
SÃO PAULO (Reuters) - Depois de cair nos três últimos pregões, o dólar terminou a quinta-feira em alta, mas ainda abaixo de 3,40 reais, acompanhando o movimento visto no exterior em relação às outras divisas de países emergentes, com a agenda esvaziada jogando a atenção dos investidores para a cena política local.
O dólar avançou 0,34 por cento, a 3,3915 reais na venda, depois de recuar 1,34 por cento nos três últimos pregões.
Na mínima, a moeda foi a 3,3813 reais e, na máxima, a 3,4108 reais. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,33 por cento.
"Vemos um movimento de correção técnica após a queda da véspera", trouxe a Correparti Corretora em relatório.
Apenas na quarta-feira, o dólar recuou 0,82 por cento, num dia de maior busca pelo risco no exterior e forte avanço dos preços das commodities, que se mantinha nesta sessão e limitava movimento de correção maior no câmbio.
No exterior, o dólar subia ante a cesta de moedas e ante divisas de países emergentes, como o peso mexicano e a lira turca.
O mercado continuou atento à cena política local a poucos meses da eleição presidencial de outubro e que se mostra bastante indefinida. Mesmo com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva preso, os investidores temem sua influência no pleito.
O Banco Central vendeu todo o lote de 3,4 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 1,530 bilhão de dólares do total de 2,565 bilhões de dólares que vence em maio.
Se mantiver esse volume diário e vendê-lo integralmente, o BC rolará o valor total dos swaps que vencem no próximo mês.