Investing.com – O dólar continuou em queda em relação às principais moedas nesta terça-feira, após dados terem mostrado que a atividade industrial nos EUA expandiu a uma taxa mais lenta em mais de dois anos em agosto e uma vez que as preocupações relacionadas com a perspectiva para o crescimento na China continuaram pesando.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, caiu 0,26% para 95,70, bem acima da baixa de oito meses de 92,52, alcançada na segunda-feira passada.
O Institute of Supply Management (ISM) informou que seu índice gerente de compras (PMI) caiu para 51,1, de 56,0 em julho. Foi a leitura mais baixa desde maio, ficando abaixo das projeções dos economistas de 52,6.
Em um relatório separado, Markit disse que a leitura final do seu índice industrial caiu para 53, de 53,8 em agosto. Este foi o menor nível desde outubro de 2013, mas foi um pouco maior que a leitura preliminar de 52,9.
Os dados otimistas somaram-se às dúvidas sobre a possibilidade de o Banco Central dos EUA (Fed) aumentar as taxas de juros em setembro.
Os investidores estão aguardando o relatório de emprego nos EUA, a ser divulgado na sexta-feira, o que poderia ajudar a fornecer clareza sobre a probabilidade de um aumento das taxas de juro de curto prazo.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, caiu 0,26% para 95,71, ficando acima da baixa de oito meses de 92,52, alcançada na segunda-feira passada.
O dólar permaneceu sob forte pressão de venda após fracos relatórios econômicos chineses divulgados no início do dia terem sido somados aos temores de uma desaceleração no crescimento econômico global liderada pela China.
A atividade industrial na China contraiu em seu ritmo mais rápido em três anos em agosto, ao passo que a atividade do setor de serviços também desacelerou.
As ações de Wall Street operaram em forte baixa na abertura desta terça-feira e perspectivas ruins para ações mundiais apoiaram a demanda para o euro e o iene de baixo rendimento.
Os investidores costumam usar moedas de baixo rendimento para financiar posições em moedas e ações de maior rendimento, conhecidas como carry trades.
EUR/USD subiu 0,22%, para 1,1236, ficando abaixo das altas de 1,1332.
Na zona euro, os dados mostraram que o crescimento industrial também diminuiu em agosto.
O índice de produção da zona do euro caiu para 52,3 no mês passado, de 52,4 em julho, uma vez que um sólido crescimento na Alemanha, Países Baixos e Espanha foi compensado por novas contrações na França e na Grécia.
O dólar norte-americano caiu em relação ao iene, com USD/JPY recuando 1,07%, para 119,93.
Enquanto isso, o dólar norte-americano subiu em relação à libra esterlina, com GBP/USD recuando 0,26%, para 1,5304, e permaneceu em baixa em relação ao franco suíço, com USD/CHF contraindo 0,44%, para 0,9630.
No início do dia, dados mostraram que o PMI industrial do Reino Unido caiu para 51,5 em agosto, de 51,9 em julho, em comparação com as expectativas para um aumento para 52,0.
Os dólares australianos e neozelandês caíram, com AUD/USD recuando 1,18%, para 0,7029, e com NZD/USD caindo 0,15%, para 0,6329.
Em um movimento amplamente esperado, o Banco Central da Austrália manteve a taxa básica de juros em uma baixa histórica de 2,00% no início do dia.
Enquanto isso, USD/CAD subiu 0,52%, para 1,3207.
O Statistics Canada informou na terça-feira que a economia contraiu a uma taxa anualizada de 0,5% no segundo trimestre. Embora tenha sido a melhor projeção dos economistas de uma queda de 1,0%, uma revisão mostrou que a contração do primeiro trimestre foi de 0,8%, mais acentuada do que a inicialmente estimada.
Dois trimestres consecutivos de contração marcam uma recessão técnica e o Banco do Canadá cortou as taxas de juros duas vezes neste ano em uma tentativa de apoiar o crescimento.