Investing.com - O dólar norte-americano saiu de uma baixa de dois anos e meio em relação ao euro nesta quinta-feira e caiu para uma nova baixa de uma semana em relação ao iene, uma vez que preocupações com uma desaceleração na China e com a crise atual na Ucrânia apoiaram a demanda por ativos que representam porto seguro.
EUR/USD subiu 0,22%, para 1,3934, após subir até 1,3966 anteriormente, o níve mais alto desde 31 de outubro de 2011.
O euro foi impulsionado pelas expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) não fará mais flexibilização, após o banco não ter alterado sua política monetária na semana passada, apesar de de ter previsto inflação baixa por alguns anos.
Os ganhos do euro foram compensados após a divulgação de dados mais fortes que o esperado sobre as vendas no varejo e pedidos de seguro desemprego nos EUA.
O Departamento do Comércio dos EUA disse que as vendas no varejo subiram 0,3% em fevereiro, pondo fim a dois meses de queda. As expectativas do mercado foram de um aumento de 0,2%.
As vendas brutas no varejo, que excluem vendas de automóveis, também subiram 0,2% no mês passado, acima das expectativas de um aumento de 0,3%.
Separadamente, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que a quantidade de indivíduos que entraram com pedido de seguro desemprego na semana passada caiu em 9.000, para uma baixa de três meses de 315.000 em relação ao total revisto da semana anterior de 324.000.
Os analistas esperavam que os pedidos de seguro desemprego nos EUA aumentassem em 6.000 na semana passada.
USD/JPY atingiu uma baixa da sessão de 102,29, com última queda de 0,40%, para 102,33.
A demanda pelo iene continuou sendo apoiada após dados mais fracos que o esperado oriundos da China terem apontado uma desaceleração na segunda maior economia do mundo no início do ano.
Segundo dados divulgados na quinta-feira, a produção industrial chinesa subiu 8,6% nos dois primeiros meses de 2014, não atingindo as expectativas do mercado de uma alta de 9,5%, ao passo que as vendas no varejo subiram por um 11,8% menor que o projetado no mesmo período.
Os investidores também permaeneceram cautelosas uma vez que as tensões entre a Rússia e o Ocidente aumentaram antes do referendo de domingo na região Crimeia da Ucrânia, agora controlada por forças pró-russas, sobre se os cidadãos querem se anexarem à Rússia.
USD/CHF subiu 0,24%, para 0,8718, após despencar para uma baixa de dois anos e meio de 0,8699 no início da sessão.
O dólar norte-americano caiu em relação à libra esterlina, com GBP/USD subindo 0,39%, para 1,6684.
O dólar neozelandês, também conhecido como kiwi, recuperou-se para uma alta de 11 meses, com NZD/USD subindo 0,76%, para 0,8588. O kiwi foi impulsionado após o Banco da Reserva da Nova Zelândia ter elevado sua taxa básica de juros hoje para 2,75% de uma baixa de recorde de 2,5%.
O banco central também elevou sua projeção de crescimento para 3,3% no exercício findo em 31 de março, maior que os 2,7% projetados em dezembro.
Enquanto isso, AUD/USD saltou 1,11%, para 0,9089, após a agência de estatísticas ter informado que a economia gerou 47.300 postos de trabalho em fevereiro, bem acima das previsões de crescimento de 18.000. A taxa de desemprego do país permaneceu inalterada em 6,0%.
O dólar norte-americano caiu em relação ao dólar canadense, com USD/CAD recuando 0,54%, para 1,1059.
O índice do dólar, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, caiu 0,27%, para 79,48.