SÃO PAULO (Reuters) - O dólar tinha leve queda ante o real nesta quinta-feira, com exportadores aproveitando as recentes e altas cotações para vender, mas o mercado também continuava de olho na cena externa, em meio à percepção de que a economia mais forte nos Estados Unidos pode levar a um aperto monetário mais intenso no país.
Às 11:19, o dólar recuava 0,31 por cento, a 3,2668 reais na venda, depois de subir quase 1 por cento na véspera e bater 3,2875 reais na máxima desta sessão. O dólar futuro recuava cerca de 0,15 por cento.
"A casa dos 3,28 reais trouxe os exportadores ao mercado, vendendo no pronto (à vista) e no futuro", afirmou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik.
A pressão de alta vinha do exterior, onde a moeda norte-americana atingiu a máxima de 2 semanas ante uma cesta de moedas, com os investidores buscando a relativa segurança em meio à queda das ações europeias.
O dólar também subia ante divisas de países emergentes como os pesos chileno e mexicano.
Dados mais fortes sobre a economia norte-americana elevaram a percepção de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, pode ampliar o ritmo de alta de juros no país, ainda mais com 300 bilhões de dólares que serão jogados na economia após a aprovação do orçamento pelo Senado do país, na véspera.
Internamente, o mercado seguia monitorando as negociações para a reforma da Previdência. O governo ainda não conseguiu reunir os 308 votos necessários para aprovar o texto, em votação marcada para depois do Carnaval.
O Banco Central brasileiro fará nesta sessão novo leilão de até 9,5 mil swaps cambiais tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- para rolagem dos contratos que vencem em março, no total de 6,154 bilhões de dólares.
Mantido esse volume diário até o final do mês e vendendo os lotes todos, rolará integralmente os swaps que vencem agora.