Por Claudia Violante
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar trabalhava com leves oscilações ante o real nesta quinta-feira, com os investidores ainda cautelosos com o cenário político e o desenrolar das reformas no Congresso Nacional.
Às 13:09, o dólar recuava 0,07 por cento, a 3,3302 reais na venda. O dólar futuro tinha leve baixa de cerca de 0,20 por cento.
Na máxima do dia, o dólar bateu 3,3510 reais, o que acabou atraindo fluxo de vendedores para aproveitar os preços mais altos.
"A instabilidade vai continuar enquanto não se dissiparem as dúvidas em relação às reformas", disse o operador da Advanced Corretora Alessandro Faganello.
Nesta semana, o mercado ficou nervoso depois de o governo sofrer revés na tramitação da reforma trabalhista, que não foi aprovada pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado. Embora não tenha poder de veto, a rejeição sinalizou a fragilidade da base aliada, o que pode afetar a aprovação da reforma da Previdência, considerada essencial para colocar as contas públicas em ordem.
Nesta quinta-feira, na Noruega, o presidente Michel Temer reiterou a confiança na aprovação da reforma da Previdência e disse que conta com o apoio do Congresso para levar adiante a agenda de reformas do governo.
O movimento do dólar sobre divisas de países emergentes também segurava maiores altas no mercado doméstico nesta sessão.
"Objetivamente, venda entre 3,30 reais e 3,35 reais. A partir deste ponto, entendemos que não é recomendável vender e esperar alguns dias para verificar o mercado. Seguimos com o alerta de luz amarela ligado", recomendou a clientes a consultoria de valores mobiliários Wagner Investimentos.
O Banco Central brasileiro vendeu integralmente a oferta de até 8,2 mil swaps cambiais tradicionais --equivalente à venda futura de dólares-- para rolagem dos contratos que vencem julho. Com isso, já rolou 4,920 bilhões de dólares do total de 6,939 bilhões de dólares que vence no mês que vem.