Dólar tem maior queda semanal em 30 meses ante real, com otimismo sobre Bolsonaro na eleição

Publicado 05.10.2018, 17:15
Atualizado 05.10.2018, 17:20
© Reuters. Imagem ilustrativa de notas de real e dólar em casa de câmbio no Rio de Janeiro

Por Claudia Violante

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar voltou a terminar em baixa ante o real nesta sexta-feira e vai para o primeiro turno das eleições à Presidência da República mais de 4 por cento mais barato do que na semana anterior, com investidores animados com a possibilidade de uma vitória em primeiro turno de Jair Bolsonaro (PSL) ou de uma derrota de Fernando Haddad (PT), no segundo turno.

O dólar recuou 1,00 por cento, a 3,8570 reais na venda terminando a semana em queda de 4,46 por cento, a maior desde o recuo semanal de 4,51 por cento registrado no intervalo encerrado em 11 de março de 2016. O dólar futuro tinha variação positiva de 0,53 por cento.

© Reuters. Imagem ilustrativa de notas de real e dólar em casa de câmbio no Rio de Janeiro

Nesta sexta-feira, a moeda terminou em queda, com os investidores reagindo à pesquisa Datafolha divulgada na véspera que mostrou Bolsonaro com 35 por cento das intenções de voto contra 22 por cento de Haddad. Antes, a vantagem do candidato do PSL era de 32 por cento a 21 por cento. Pelo critério de votos válidos, Bolsonaro soma 39 por cento, contra 38 por cento no levantamento anterior, divulgado na terça-feira, enquanto Haddad registra 25 por cento, ante os 24 por cento de antes. Outros dois levantamentos, XP/Ipespe, e Paraná/Empiricus, confirmaram os números. "O voto útil pode fazer a diferença. Caso os votos que hoje estão com Geraldo Alckmin, João Amoêdo, Álvaro Dias e Henrique Meirelles se transfiram para o candidato do PSL, pode ser que Bolsonaro de fato consiga ser eleito no primeiro turno. Não é um cenário impossível, apesar de improvável", avaliou a economista da corretora CM Capital Markets Camila Abdelmalack, em relatório. Os investidores ajustaram um pouco suas posições para o pleito de domingo, buscando proteção com a compra de dólares, depois de a moeda ter renovado a mínima, a 3,8963 reais, após a divulgação de dados do mercado de trabalho norte-americano fora do setor agrícola abaixo do esperado. Segundo o relatório do Departamento do Trabalho, foram criadas 134 mil vagas no mês passado, menor número em um ano, mas os dados de julho e agosto foram revisados para mostrar 87 mil vagas a mais do que o informado antes. A previsão era de abertura de 185 mil vagas. No exterior, o dólar tinha leve queda ante a cesta de moedas, e caía ante as divisas de emergentes, como o peso mexicano. O Banco Central ofertou e vendeu integralmente nesta sessão 7,7 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 1,925 bilhão de dólares do total de 8,027 bilhões de dólares que vence em novembro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

(Edição de Iuri Dantas)

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