SÃO PAULO (Reuters) - A distribuidora de energia elétrica Ampla, que pertence à italiana Enel (MI:ENEI), conseguiu aprovar junto a credores uma revisão de seus limites de endividamento, segundo ata de assembleia de debenturistas realizada nesta quinta-feira.
A renegociação evita a possibilidade de os credores exigirem pagamento antecipado de dívidas, em um momento em que a distribuidora enfrenta custos maiores que os reconhecidos nas tarifas cobradas dos consumidores e tenta obter autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para um reajuste extraordinário.
Segundo o documento, os detentores de debêntures da sétima emissão da Ampla Energia aceitaram por unanimidade rever limite para a relação entre a dívida financeira líquida e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) para até 3,75 vezes entre o último trimestre de 2015 e o primeiro trimestre de 2016, ante teto anterior de 2,70.
Para o período entre o segundo trimestre de 2016 e a data de vencimento das debêntures, o limite entre dívida líquida e Ebitda foi definido em 3,50 vezes.
Já a relação entre o Ebitda e a despesa financeira deverá ser de no mínimo 1,75 vezes, ante mínimo de 2,50 vezes anteriormente.
Em contrapartida, ficou acertado que a Ampla pagará, em 4 de janeiro de 2016, um prêmio aos debenturistas.
(Por Luciano Costa)