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Economia brasileira cai no ranking de competitividade global

Publicado 09.09.2010, 10:32
Atualizado 09.09.2010, 10:56

Pequim, 9 set (EFE).- A economia brasileira caiu da 56ª para a 58ª posição no ranking do Índice de Competitividade Global (IGC) 2010-2011, publicado hoje em Pequim pelo Fórum Econômico Mundial (FEM).

O Índice de Competitividade Global (IGC) 2010-2011 mede 12 fatores em uma escala de 0 a 7 pontos, que incluem, entre outros fatores, infraestrutura, ambiente de negócios, eficiência do mercado de trabalho, desenvolvimento do mercado financeiro, saúde e educação primária, pesquisa e desenvolvimento e tamanho absoluto do mercado.

O relatório indica, por outro lado, que o índice do Brasil aumentou razoavelmente em termos absolutos, do nível 4,26 em 2009 para 4,28 neste ano, destacando a estabilidade do país.

Apesar disso, o IGC enfatiza a necessidade de melhora do Brasil em diversos quesitos para impulsionar a competitividade nacional, entre eles a infraestrutura.

O documento se mostra crítico com o Brasil, que perde duas posições em relação ao ano passado - embora tenha aumentado levemente em termos absolutos, de 4,26 para 4,28 - após chegar à 16ª colocação no triênio anterior.

"O retrato de competitividade do Brasil permanece difuso, com importantes forças acompanhadas por preocupantes fraquezas que devem ser abordadas para explorar seu enorme potencial", expõe o IGC.

Segundo o documento, o tamanho do mercado e o dinamismo do setor empresarial brasileiro contrastam com as baixas taxas de poupança, as altas taxas de juros e a rigidez dos mercados trabalhistas e de bens.

A competição interna entre os países do Bric (economias emergentes: Brasil, Rússia, Índia e China) situa o Brasil à frente apenas da Rússia (63ª posição), mas atrás de China (27ª) e Índia (51ª), que subiu duas colocações.

A economia chinesa, no entanto, está 14 posições atrás da de Taiwan - território que permanece sob soberania de Pequim - em razão da melhora da qualidade da estrutura institucional desta.

A Suíça, por sua vez, se manteve na liderança do ranking global, com 5,63 pontos. Na sequência, está Suécia (5,56), Cingapura (5,48), Estados Unidos (5,43) e Alemanha (5,39).

Dentre os países da América Latina e do Caribe, o Chile lidera a competitividade na região, estabelecendo-se em 30º lugar em nível mundial.

O FEM ressaltou o processo de liberalização chileno, "muito fundamentado" e baseado nos quesitos políticas macroeconômicas (26ª posição mundial) e transparência das instituições (28ª).

"Estes atributos não só instigaram o crescimento nos últimos 20 anos, mas também abasteceram o país com as fontes necessárias para estimular a economia nos recentes tempos de crise e para dirigir os desafios da reconstrução do trágico terremoto de 2009", avaliou o organismo.

Ainda na América Latina e Caribe, o Uruguai está em 64º lugar, à frente do México (66º), que retrocede seis postos, o que, a julgamento do FEM, "demonstra claramente a necessidade de melhoras contínuas com o objetivo de não perder terreno competitivo", após o impacto da recessão econômica.

A Colômbia se situa em 68º lugar, afetada pela insegurança e pela necessidade de melhorar sua infraestrutura.

O Peru chega à 73ª colocação graças ao bom desenvolvimento de seu mercado de trabalho e dos mercados financeiros, enquanto a Argentina está em 87º lugar empurrada pelo tamanho de seu mercado e pelo sistema educacional, apesar da "profunda preocupação" com o Estado de direito. EFE

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