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Economia chinesa cresce 8,7% em 2009

Publicado 21.01.2010, 09:51

Antonio Broto

Pequim, 21 jan (EFE).- Os planos de estímulo econômico elaborados por Pequim evitaram que a crise econômica mundial afetasse em excesso seu crescimento econômico, de 8,7% em 2009, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas, o que deixa a China perto de superar o Japão como segunda economia mundial.

A economia do gigante asiático ficou dois dígitos acima da cifra anual no último trimestre do ano passado (10,7%), número que contrasta com os 6,1% do primeiro trimestre, e que foi o crescimento trimestral mais baixo na China desde 1992.

A China "se recuperou e avança em uma direção propícia" após superar "o tempo mais difícil para o desenvolvimento econômico nacional no novo século", destacou hoje em entrevista coletiva o diretor do órgão de estatísticas, Ma Jiantang, ao apresentar os números.

O Produto Interno Bruto (PIB) em 2009 chegou a US$ 4,91 trilhões.

Até que o Japão divulgue seus números oficiais de 2009, em fevereiro, não será possível estabelecer comparações exatas, mas deve-se levar em conta que o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) cifraram o PIB japonês de 2008 em US$ 4,91 trilhões e que em 2009 a economia japonesa sofreu uma recessão.

Ma não quis arriscar uma previsão sobre se a China já ultrapassou o Japão ou não, destacando que o importante para o país "não é aumentar o PIB e ir superando outros países", mas "mudar a estrutura de seu crescimento", muito dependente das exportações.

Deve-se ressaltar, no entanto, que desde 2007 o PIB da China já superou os da Itália, Reino Unido, França e Alemanha.

O diretor do escritório de estatísticas chinês divulgou também os números oficiais do comércio exterior do país, o setor nacional mais afetado pela crise financeira mundial, devido à redução da demanda em outros mercados.

Este setor totalizou US$ 2,20 trilhões, uma queda de 13,9%, e o superávit comercial foi de US$ 196,1 bilhões, 33,63% a menos que no ano anterior.

As exportações registraram US$ 1,2 trilhão, o que significa uma queda de 16%, enquanto as importações somaram pouco mais de US$ 1 trilhão, redução de 11,2%.

Os outros motores da economia chinesa, o investimento e o consumo, cresceram e registraram dois dígitos, impulsionados por políticas de fomento dos empréstimos bancários e incentivos aos consumidores, no marco das medidas de estímulo estatal de US$ 0,5 trilhão.

O investimento em ativos fixos foi de US$ 3,29 trilhões, um aumento de 30,1% frente a 2008.

As vendas de varejo, por sua vez, principal indicador de consumo, foram de US$ 1,83 trilhão, 15,5% mais em relação ao ano anterior.

O Escritório Nacional de Estatísticas também divulgou hoje o índice de preços ao consumidor de 2009, que aumentou 0,7% no cálculo anual, apesar de ter registrado deflações até o mês de junho.

Com uma considerável alta dos preços em dezembro, de 1,9%, os valores apresentaram diferente comportamento segundo setores.

Houve altas anuais nos setores de alimentos, despesas médicas e eletrodomésticos, enquanto caíram os preços de imóveis, transporte comunicações e vestuário.

Após divulgar os números, Ma atribuiu os sucessos à confiança de empresas e trabalhadores chineses, "pois sem essa confiança, os bancos não dão empréstimos, as empresas não investem e os consumidores não gastam".

Além disso, ressaltou que apesar de os números econômicos da China serem destacados dentro e fora do país, este ainda é um país em desenvolvimento "com muita pobreza e poucos recursos", no qual 150 milhões de pessoas vivem com menos de US$ 1 por dia.

Para 2010, Ma não quis fazer previsões de crescimento nacional (organismos estatais estimaram anteriormente entre 9% e 9,5%), mas alertou sobre os possíveis riscos derivados da recuperação econômica: excesso de capacidade em alguns setores e inflação.

A China já anunciou que limitará o crédito bancário de 2010 a US$ 1,1 trilhão e os economistas já consideram uma possível alta da taxas de juros, ainda não confirmada por Pequim. EFE

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