Redação Central, 2 set (EFE).- A Fifa divulgou hoje um relatório
de 289 páginas sobre a última Copa do Mundo em que elogia a Espanha,
que se sagrou campeã pela primeira vez na história, e critica o
desempenho das seleções africanas, que tiveram desempenho fraco no
primeiro Mundial disputado em seu continente.
Para a entidade, o futebol mostrado pela 'Fúria' é fantástico e
atrativo, podendo colocá-la em evidência por muitos anos no cenário
futebolístico.
"A Espanha é uma equipe completa, aspirante, claro, a ser a
melhor equipe do século. Xavi, Iniesta e Xabi Alonso no meio cobrem
uma grande faixa do campo e, além disso, jogam um futebol fabuloso.
É um futebol muito bonito e que parece fácil, mas exige um enorme
trabalho", afirmou o diretor do Grupo de Estudo Técnicos (GET),
Jean-Paul Brigger ao site da Fifa.
O documento, que também elogia os espanhóis por defenderem em
todas as partes do campo assim que perde a posse da bola, inclui uma
análise dos 64 jogos do Mundial elaborado por um grupo de
especialistas formado por treinadores quanto ex-jogadores.
Nas páginas do relatório, há uma defesa dos árbitros, que, de
acordo com a Fifa, erraram em apenas três dos 145 gols marcados nos
gramados sul-africanos.
"Está claro que os erros, alguns sérios, ocorreram. Esses erros
não foram tapados nem justificados, mas são analisados
meticulosamente para que possamos aprender com eles e melhorar
futuros planos de treino", afirma.
O relatório aborda também o que chama de "erros inexplicáveis"
dos goleiros, que para a Fifa provavelmente ocorreram por conta da
bola Jabulani, fala da pressão em algumas seleções, incluindo a
sul-africana, pelas expectativas criadas, e procura uma explicação
ao fato de que só uma das seis equipes africanas, Gana, tenha ido
longe, criticando a contratação de técnicos estrangeiros.
"As chances de sucesso dos treinadores estavam limitadas pelo
fato de eles frequentemente não se identificaram totalmente com a
identidade da cultura africana, a mentalidade e o estilo de vida, ou
conhecerem muito pouco desses fatores", acrescenta o texto. EFE