(Atualiza com novos detalhes da possível alerta de viagem)
Washington, 2 out (EFE).- O Departamento de Estado americano
estuda emitir um alerta de viagem à Europa, perante o temor de que o
grupo terrorista Al Qaeda esteja planejando um atentado no
continente, segundo informa a rede de televisão "CNN".
Segundo o alerta, os americanos que viajarem à Europa devem ficar
especialmente atentos quando estiverem em lugares com grande
aglomeração de pessoas, como transportes públicos, aeroportos e
pontos turísticos.
Embora o organismo ainda não tenha se pronunciado a respeito, a
cadeia informou hoje que o alerta de viagem - boletim que os Estados
Unidos emitem para prevenir seus cidadãos sobre determinados perigos
no exterior - poderia ser anunciado ao longo do fim de semana.
Tradicionalmente, os alertas de viagem afetam destinos de
periculosidade extrema ou onde há distúrbios que possam pôr em
perigo a vida dos americanos que vão para estes lugares, como
ocorreu recentemente com o México devido à narcoviolência, e com a
Bolívia, com os protestos em Potosí.
A Europa não costuma aparecer entre os lugares mais preocupantes,
embora esta situação possa mudar após as agências de inteligência
ocidentais detectarem um suposto complô da Al Qaeda para realizar
ataques contra cidades do Reino Unido, Alemanha e França.
Segundo a mídia europeia informou recentemente, os jihadistas
planejam seqüestrar civis ocidentais e assassiná-los em ataques
similares aos que realizaram contra dois hotéis na cidade indiana de
Mumbai.
As agências ocidentais acham que o plano deixou de ser uma
simples idéia e passou para fase de preparação, embora não se saiba
quais são exatamente os alvos, apesar de acreditarem que sejam
prédios muito conhecidos.
Há poucos dias, a secretária de Segurança Nacional dos EUA, Janet
Napolitano, advertiu que o Ocidente enfrenta "um aumento da
atividade" de grupos terroristas filiados a Al Qaeda e que poderiam
executar ataques com "armas curtas".
O Departamento de Estado, segundo a "CNN", poderia emitir um
alerta de viagem que preveniria seus cidadãos de viajar à Europa, o
que pode ter um impacto no turismo do continente. EFE