SÃO PAULO (Reuters) - Economistas reduziram a expectativa para a inflação tanto ao final deste ano quanto do próximo, enquanto as perspectivas para a taxa básica de juros permaneceram inalteradas.
A estimativa para a alta do IPCA na pesquisa Focus do Banco Central passou a 7,25 por cento no final deste ano, 0,09 ponto percentual a menos do que na semana anterior, segunda redução seguida. A projeção para os preços administrados também foi reduzida, a 6,20 por cento, sobre 6,30 por cento.
Para 2017, a projeção para a inflação caiu a 5,07 por cento, contra 5,12 por cento no levantamento anterior. Mas a conta para o avanço dos preços administrados subiu a 5,45 por cento, 0,05 ponto percentual a mais.
Em setembro, o IPCA-15, prévia da inflação oficial, desacelerou a alta a 0,23 por cento, dando força às expectativas de que o BC reduza os juros em breve ainda que em 12 meses tenha continuado próximo de 9 por cento.
Entretanto, na pesquisa com uma centena de economistas divulgada nesta segunda-feira, a projeção para a Selic permaneceu em 13,75 ao final de 2016, e em 11 por cento para 2017.
A expectativa para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em outubro, também continua sendo de manutenção da Selic no atual patamar de 14,25 por cento.
O Top-5, que reúne os economistas que mais acertam as previsões, também não apresentou mudanças, estimando a taxa básica de juros a 13,75 por cento em 2016 e a 11,25 por cento em 2017.
Para a economia, a visão apresentou pouca mudança, com a contração do Produto Interno Bruto (PIB) este ano estimada em 3,14 por cento, sobre recuo de 3,15 por cento antes. Para 2017 os economistas projetam expansão de 1,30 por cento, queda de 0,06 ponto percentual.
(Por Camila Moreira)