Viena, 9 set (EFE).- O Iraque espera aumentar suas exportações de
petróleo para mais de 2 milhões de barris diários (mbd) ainda este
mês, segundo disse hoje, em Viena, o ministro do Petróleo iraquiano,
Hussain al-Sharistani.
"Nos últimos dois meses exportamos em torno de 2 mbd e esperamos
em setembro um nível mais alto", disse al-Sharistani ao chegar a
Viena para participar da 154ª conferência ministerial da Organização
dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
O ministro confirmou que o volume de produção de seu país se
situa nos 2,5 mbd.
O Iraque, um dos cinco fundadores da organização (junto à Arábia
Saudita, Venezuela, Irã e Kuwait), continua sendo um importante
membro com pleno direito, apesar de, desde 1991, estar fora do
sistema de repartição de cotas, praticada por seus parceiros para
regular a oferta petrolífera conjunta e influir, assim, sobre os
preços do barril.
A poucas horas da abertura da reunião do grupo em Viena, o
ministro iraquiano qualificou de "desnecessária" uma mudança na cota
de produção no momento, já que "todos os indicadores apontam que o
mercado está bem abastecido".
Sobre os preços do barril de petróleo, que rondam os US$ 70,
afirmou que "é muito melhor que no início do ano, mas acreditamos
que ainda há certo espaço para uma melhora. Mas estamos satisfeitos
com este nível".
Reconheceu, no entanto, que existe certa preocupação de que as
cotações possam voltar a cair.
"Há preocupação, certamente, e essa é uma das razões pelas quais
pensamos que não há realmente uma razão para considerar um aumento
da produção", disse.
Al-Sharistani concordou, assim, com todos os outros membros da
Opep, já que nenhum defendeu mudanças, embora alguns tenham
insistido mais que outros na conveniência de fazer uma chamada para
cumprir mais estritamente com a cota estabelecida, dado que
atualmente a superam em mais de 1 mbd.
Por enquanto, foi antecipada, em Viena, a informação de que o
ministro do Petróleo da Venezuela, Rafael Ramírez, não irá à
reunião, por acompanhar o presidente Hugo Chávez em sua viagem pela
Ásia Central e pela Rússia.
As informações foram confirmadas à Agência Efe por fontes da
conferência, após afirmarem que a delegação venezuelana será
liderada por Bernard Mommer, governador da Venezuela na Opep. EFE