Montevidéu/Assunção, 21 jul (EFE).- A distribuição de ingressos para a final da Copa América, no próximo domingo, em Buenos Aires, vem gerando polêmica e indignação por parte de torcedores de Paraguai e Uruguai, que não estão conseguindo comprá-los.
Em comunicado publicado em seu site oficial nas últimas horas, a Associação Uruguaia de Futebol (AUF) lamentou a situação e disse que não pode fazer nada para revertê-la.
"A Associação Uruguaia de Futebol comunica à população que, infelizmente, não está em condições de realizar a venda direta de ingressos para a final da Copa América. Recebemos do Comitê Organizador a mesma quantidade de ingressos concedidos nas partidas iniciais, que apenas nos permitem cumprir com as obrigações previamente adquiridas", declarou a entidade, que criticou a organização do torneio por não disponibilizar uma quantidade maior de entradas.
"É surpreendente e inaceitável que o país finalista do torneio receba menos de 10% de acesso a um estádio cuja capacidade de espectadores chega a 70 mil espectadores. A Associação que lamenta essa situação, que vai além das suas responsabilidades, limite a participação do publico uruguaio", acrescenta a nota.
Segundo a imprensa uruguaia, embora a Associação de Futebol Argentino (AFA) garanta ter entregue 7,5 mil ingressos, a AUF conta somente com 5,8 mil, que chegaram ao país nesta quarta-feira. Delas, 3,6 mil serão repartidas entre os clubes, mil para que os jogadores distribuam entre familiares e amigos, e apenas 1,2 mil serão entregues às agências de viagens que organizaram pacotes para a torcida.
A emissora de rádio "El Espectador" afirmou nesta quinta-feira que após consultar as principais agências de viagem de Montevidéu, apenas uma indicou que receberia bilhetes.
No Paraguai, a situação é não diferente. Os torcedores paraguaios buscaram ingressos em vão na manhã desta quinta-feira e não esconderam a indignação ao terem sido informados pela Associação Paraguaia de Futebol (APF) que a entidade não receberia entradas.
Sobre o assunto, o presidente da APF, Juan Ángel Napout, confirmou à emissora de rádio "Primero de Marzo", de Assunção, que não teria bilhetes disponíveis e aconselhou as agências de turismo a procurarem a empresa encarregada das vendas na Argentina, mas as alertou para a pouca procura para a semifinal, em que os paraguaios venceram a Venezuela nos pênaltis, após empate sem gols no tempo real e na prorrogação. EFE