Londres, 7 nov (EFE).- O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, insistiu nesta segunda-feira que não contribuirá com o fundo de resgate da zona do euro, e defendeu um aumento de sua contribuição ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
Cameron disse na Câmara dos Comuns que é bom para o Reino Unido apoiar o FMI já que a instituição tem "um papel vital para ajudar países ao redor do mundo com problemas econômicos".
O primeiro-ministro fez estes comentários porque várias nações, incluindo o Reino Unido, acordaram em aumentar sua contribuição ao FMI para tentar estabilizar a economia mundial, durante a cúpula do G20 na última semana em Cannes, na França.
Cameron esclareceu que esse aumento na contribuição do FMI não será utilizado para resgatar mais países da zona do euro. Para ele, não é a função do FMI salvar a moeda única e afirmou que "uma ação global não pode substituir uma ação concreta da zona do euro".
"O mundo mandou uma mensagem muito clara à zona do euro durante esta cúpula: solucionem seus problemas e depois ajudaremos vocês, e não o contrário", explicou.
O primeiro-ministro afirmou que os esforços do seu Governo evitaram um destino parecido com o da Itália, e defendeu a importância de um plano para enfrentar a dívida e conseguir a confiança dos mercados.
Cameron reconheceu que não há datas, valores acordados ou formas de aumentar a contribuição ao FMI, mas insistiu que o Reino Unido está pronto para colaborar mais. Atualmente, sua contribuição é de quase 30 bilhões de libras (cerca de 35 bilhões de euros). EFE