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Bolsas dos EUA caem 1% com crise de Trump; petróleo sobe após dados

Publicado 17.05.2017, 12:41
© Reuters.  Wall Street se preocupa com perturbação política nos EUA; petróleo comemora redução nos estoques
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Investing.com – Sem grandes notícias econômicas em pauta, Wall Street caía 1% porque preocupações com desdobramentos políticos nos EUA dominavam as notícias do mercado, porém o petróleo subia com investidores comemorando uma redução nos estoques norte-americanos de petróleo bruto.

Às 11h39 em horário local (12h39 em horário de Brasília), o Dow Jones perdia 249 pontos, ou 1,199%, o S&P 500 caía 27 pontos, ou 1,11%, enquanto o Nasdaq Composite negociava em baixa de 102 pontos ou 1,65%.

Os mercados estavam nervosos após notícias de que o Presidente Trump teria pedido a James Comey, então diretor do FBI, para encerrar uma investigação sobre Michael Flynn, seu antigo conselheiro de segurança nacional, a respeito de suas supostas ligações com a Rússia.

As notícias surgiram um dia apos um relatório acusar Trump de revelar informações sigilosas obtidas de um aliado próximo aos EUA com o ministro as relações exteriores da Rússia sobre uma operação do Estado Islâmico.

Essas notícias se somam às preocupações de que Trump não será capaz de impor com sucesso seu programa de estímulo econômico devido a crescentes controvérsias.

De fato, as bolsas norte-americanas atingiram seus níveis mínimos porque Justin Amash se tornou o primeiro membro do Partido Republicando a sugerir que se as alegações envolvendo os memorandos de James Comey forem verdadeiras, haveria base legal para impeachment.

As notícias também dispararam um rali nos portos seguros, como o iene, o franco suíço, o ouro e os títulos do Tesouro norte-americano, normalmente usados como cobertura em tempos de incertezas políticas.

O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, estava mais fraco pelo sexto dia seguido, já que investidores pareciam perder a fé e meio à turbulência política no Capitólio.

Com os nervos à flor da pele em Washington, os mercados também parecem ver menores chances de que as políticas fiscais de Trump poderiam sustentar as intenções do Federal Reserve (Fed) de avançar com a remoção da política monetária acomodatícia.

De acordo com Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com, futuros dos fundos do Fed apostam que há cerca de apenas 60% de chances de que o próximo aumento da taxa de juros ocorra em junho, após terem chegado a 80% na semana passada.

Fora da arena política, o petróleo subia cerca de 1% nesta quarta-feira, já que dados mostraram que os estoques de petróleo bruto nos EUA caíram pela sexta semana seguida.

Isso ocorre apesar do fato de que a retirada de 1,8 milhão de barris foi menor do que as projeções de redução de 2,4 milhões.

Ainda assim, o petróleo tinha subido para US$ 49,66, seu nível mais alto desde 28 de abril, no início da semana devido a notícias de que a Arábia Saudita e a Rússia concordaram em estender os cortes na produção de petróleo por mais nove meses até março de 2018.

Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA subiam 1,25%, atingindo US$ 49,27 às 11h40 em horário local (12h40 em horário de Brasília), enquanto o petróleo Brent tinha aumento de 1,51%, com o barril negociado a US$ 52,43.

Em uma sessão com pouco fluxo de notícias sobre empresas, ações da American Eagle Outfitters (NYSE:AEO) caíam 10% após a divulgação de queda de 38% nos lucros do primeiro trimestre.

Entretanto, a Target (NYSE:TGT) quebrava a tendência geral e as ações estavam em alta de 2% após a segunda maior varejista dos EUA relatar uma redução menor do que o esperado em vendas comparáveis.

Em outras notícias positivas, a Colgate-Palmolive (NYSE:CL) saltava 3%, já que o diretor-executivo da empresa sinalizou recentemente que ele estaria aberto a vender a empresa por US$ 100 a ação, de acordo com uma fonte citada pelo The New York Post.

Após o fechamento dos mercados, a Cisco Systems (NASDAQ:CSCO) e a L Brands (NYSE:LB) devem divulgar resultados.

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