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Para Marun, críticos usam estratégia do nazismo ao acusá-lo de condicionar recursos a apoio à Previdência

Publicado 29.12.2017, 15:07
© Reuters. Ministro Carlos Marun fala em coletiva de imprensa em frente ao palácio da Alvorada em Brasília

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse nesta sexta-feira que se utilizam de uma estratégia nazista os que afirmam que ele teria condicionado a liberação de recursos de ações do governo federal ao apoio à votação da reforma da Previdência, em um duro discurso em evento de assinatura de recursos da Caixa Econômica Federal para saneamento ambiental e tratamento de água para quatro Estados.

Marun já havia divulgado na véspera nota negando ter feito o condicionamento de recursos ao compromisso de governadores para pedirem a deputados votos a favor da reforma previdenciária, cuja votação na Câmara está marcada para o dia 19 de fevereiro.

Na terça-feira, o novo ministro, que tomou posse no lugar do tucano Antonio Imbassahy há menos de 15 dias, disse que "os financiamentos da Caixa Econômica Federal são ações de governo”, e que “deve, sim, ser discutido com esses governantes alguma reciprocidade no sentido de que seja aprovada a reforma da Previdência”.

Em discurso nesta sexta-feira, Marun afirmou: "Mostrem lá onde diz que falo de condicionamento à reforma da Previdência ou qualquer ação governamental. Não vão achar, mas é igual ao nazismo, uma mentira repetida à exaustão se transforma em verdade".

O ministro disse, entretanto, que não vai "abrir mão" de pedir apoios para a reforma da Previdência a agentes públicos que venham a ser beneficiados de ações do governo federal.

Para ele, o evento desta sexta é "prova" de que não houve qualquer condicionamento, e citou que até mesmo o Estado de Pernambuco, cujo governador Paulo Câmara (PSB) não deu apoio declarado à reforma, está entre os beneficiados com os recursos.

Marun afirmou que há "hipocrisia" em toda a discussão, e destacou que a Caixa não é como um banco comum, tendo como missão executar políticas governamentais.

DESAGRAVO

Representante de um dos Estados beneficiados com a assinatura dos contratos, o governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, fez um desagravo a Marun. Perillo disse que o ministro não fez nada de errado e que ele mesmo defende a reforma "por convicção e conhecimento de causa".

"Não vejo nada demais um ministro de Estado pedir ajuda aos governadores", afirmou o tucano, "Se não aprovar uma reforma da Previdência, o Brasil vai quebrar."

O governador disse defender que todo mundo ajude o Brasil e que cabe aos que estão sendo "beneficiados" atuar para a aprovação da reforma.

© Reuters. Ministro Carlos Marun fala em coletiva de imprensa em frente ao palácio da Alvorada em Brasília

O ministro das Cidades, Alexandre Baldy, também saiu em defesa do colega Marun. Ele disse que o "maior ajustamento" que precisa ser feito no país é a reforma da Previdência.

O Ministério das Cidades anunciou nesta sexta-feira a assinatura de 24 contratos de financiamento com companhias estaduais de saneamento, no âmbito do programa Saneamento para Todos, no valor somado de 951,2 milhões de reais.

As ações vão atender 23 municípios nos Estados de Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Goiás. O maior aporte em investimentos, no valor de 341,3 milhões de reais, vai para duas ações de abastecimento de água em Goiás.

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